Os seus anos de carreira confundiam-se com a própria idade, considerado o segundo maior compositor do mundo, Waldemar Bastos -in memoriam-, fez da arte “reflexo da própria experiência”. Nos últimos dois anos reafirmou os votos com os angolanos, e em dez célebres frases, reviu momentos que marcaram o antes e depois da distinção no “Prémio Nacional de Cultura e Artes”, e sobre a abertura de um novo ciclo que infelizmente foi interrompido pela sua morte, no passado dia 10 de Agosto.
Receber um prémio na minha terra, principalmente o maior galardão atribuído anualmente pelo Estado angolano a individualidades culturais, é bastante gratificante. Significa que os responsáveis angolanos perceberam, definitivamente, que tenho dado o melhor para a internacionalização da cultura angolana, através da música. É um prémio de mérito pelo que faço.
Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
Houve uma acção muito negativa contra a minha pessoa. Inventaram muita coisa, possivelmente devido à minha música. Foi movida uma campanha muito silenciosa, eficaz e com muito maquiavelismo. Foi terrível, mau e tremendo. Espero que seja um tempo do passado. Eu considero passado, um passado do qual tirei lições. Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
A música angolana pode ser definida como um jardim com várias flores. Há quem goste de rosas brancas, vermelhas e amarelas. A música angolana é uma miscelânea de vários tons de musicalidade, várias correntes e estilos. Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
Convivo com a fama, mas a fama não me domina. Não sou apologista da vaidade. Acima de tudo, sempre quis e consegui ser um indivíduo normal. A minha função é abraçar as pessoas e, sobretudo, os valores espirituais, morais, éticos e estéticos.
Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
Nunca gostei de dar às pessoas produtos vagos só para aparecer. Estou na música por amor, não por comércio. A ideia é produzir música que seja consumida durante muito tempo, que as pessoas possam ouvir e ouvir sem descartá-las rapidamente, sem se cansarem delas! Procuro produzir uma música que possa renovar-se. Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
Todas as minhas músicas são queridas, foram produzidas com todo o carinho, mas o destaque recai para “Velha Chica”. Trata-se de uma música que deixou de ser pertença de Waldemar Bastos, é uma música que todos os angolanos sentem e vivem, que transcendeu no mercado internacional. É o carimbo do baú de Waldemar Bastos. Em entrevista à Angop, em Fevereiro de 2019
É a primeira vez que canto livremente na minha terra.
In Show do Mês 2018
Não esperava o prémio por causa do desprezo sobre o eu trabalho.
Em entrevista ao Jornal Vanguarda, em Janeiro de 2019
A música não tem limites, nasci músico e morrerei músico. Sempre partilharei com honestidade o dom que me foi dado do Alto.
Em entrevista ao Jornal Vanguarda, em Janeiro de 2019
Quando fizeres algo fá-lo bem feito, e se vier o reconhecimento é uma dádiva, então agradece a DEUS. Já agradeci e não me cansarei de agradecer sempre a DEUS, pois com tantas armadilhas foi nele que me escudei, ele não dorme!
Em entrevista ao Jornal Vanguarda, em Janeiro de 2019