A tragicomédia chegou às salas de cinema no passado dia 26 de Fevereiro e foi visto, até a semana finda, por cerca de sete mil pessoas, atingindo assim a marca de filme de produção local mais visto nos cinemas nacionais.
Ainda que com parcos recursos, as produções com assinatura Made in Angola vão galgando nos últimos anos, o caminho certo para a excelência e `A Dívida´ é, na opinião da crítica pública e técnica, a prova deste argumento.
Ao lado de Anacleto Abreu, Gilmário Vemba tirou do papel para as telas uma estória bastante comum da nossa realidade que, além de ser já um sucesso de bilheteria, vai marcar a reviravolta do cinema nacional, e quem o diz é o próprio protagonista.
Na primeira pessoa, e em exclusivo à Carga Magazine, Gilmário confirmou que a longa-metragem vai ser sequenciado, está a “caminho” da Netflix e que há intenções de ser dublado ou legendado para o Francês e o Inglês.
Até ao momento, quantas vezes o filme ‘A Dívida’ foi visto?
Até agora já foi visto por mais de 7 mil pessoas, que é um número record para um filme nacional. É o primeiro filme Angolano a atingir estes números no cinema.
São apenas dados da
Zap cinemas apenas ou uma junção dos dois cinemas nacionais?
É uma junção de dados do Zap
cinemas e Cinemax.
Em termos monetários, isto já reflectiu alguma coisa para a autoria do filme?
Ainda não. Mas também já não estamos muito longe disso.
Atingir este patamar é, com certeza, uma responsabilidade acrescida. Estava dentro das suas expectativas?
Quanto às expectativas, estamos super tranquilos, queremos continuar a produzir cinema com qualidade com deseja de dar uma boa experiência a quem vai ao cinema, ver os nossos filmes.
Para um filme de estreia, qual é o feedback que tem recebido da crítica e do público em geral?
A crítica dá saldo positivo ao filme, tanto a crítica técnica como a popular, o que alegra em grande escala os nosso corações. 95% das pessoas que viram o filme recomendam.

Para quem assistiu ‘A Dívida’ ficou claro que haverá uma continuação. O que já pode adiantar sobre a segunda parte, em termos de produção, enredo e data de lançamento?
Ainda não começamos a rodar por conta da pandemia. Se em fase normal não conseguimos angaria nada (verbas) para nos ajudar no produção do filme, imagina agora que o mundo anda a meio gás. Mas, já começámos a fazer o trabalho de mesa, a juntar forças, para `A Dívida 2´ com mais qualidade, mais comédia e mais acção.
A propósito, no
discurso de estreia do filme, afirmou que está em “dívida” com o
resto do elenco. Qual é o ponto de situação?
Quanto a dívida com o elenco, foi
só a brincar. Mas fica claramente a promessa, que o ganho será sempre colectivo.
Artísticamente, como avalia a sua carreira neste contexto pandémico?
Apesar da pandemia, a minha carreira tem dado saltos positivos, com uma excelente aceitação no mercado nacional e internacional, esperamos continuar a dar motivos para que isto assim aconteça, durante o tempo que for possível.
Na última entrevista que cedeu à Carga Magazine, fez saber que haveria a possibilidade de o filme integrar o catálogo da Netflix. Como andam as negociações?
Já começámos as negociações com algumas agências que trabalham com a Netflix, e acreditamos que poderá demorar um pouco mais, mas eventualmente, iremos lá chegar.