Kizomba é um género musical e um estilo de dança de Angola. O termo é uma palavra da língua Kimbundo, que significa festa.
Em Angola, nas décadas de 1950 e de 1960, dançava-se nas grandes farras (conhecidas por “kizombadas”) muitos estilos musicais tipicamente angolanos, como o merengue angolano; o semba; a maringa; e o caduque (que deu origem à rebita).
Enquanto dança, a Kizomba tem origem exactamente nessas farras, com dançarinos de renome como Mateus Pele do Zangado, João Cometa e Joana Perna Mbuko ou Jack Rumba, que eram os mais conhecidos e ‘’escreviam’’ no chão as passadas notórias dos seus estilos de exibição ao ritmo do semba. Estas passadas evoluíram com o tempo para um estilo mais lento acompanhando também um ritmo menos corrido do semba, já típico na década de 1970 e conhecido por semba lento, um ritmo menos tradicional mas mais do agrado dos jovens, tornando-se uma mescla de ritmos e de sabores, uma dança plena de calor e de sensualidade que propicia uma verdadeira cumplicidade e empatia entre os pares. Este estilo começou a evoluir entre 1980 e 1981 com grupos como Os Fachos, um grupo ligado às FAPLA e liderado por Abel do Samba e os Afra Sound Stars que misturavam o semba lento com a kilapanga, levando ao aparecimento do ritmo conhecido por kizomba.
O termo kizomba surge também ligado ao estilo em 1981, através do “Bibi o rei da passada”, percussionista dos SOS, um grupo que juntando outros estilos, como o merengue angolano, aos ritmos desenvolvidos pelos outros grupos contemporâneos, desenvolveram uma sonoridade mais apetecível e dançante que começou a circular pelas farras angolanas. Um dos membros deste grupo era Eduardo Paim (considerado o ‘’Inventor da Kizomba”) que, após a dissolução dos SOS, mudou-se para Portugal levando com ele esse ritmo, que começou a adquirir adeptos em terras Lusas mas erradamente confundido com uma variante do Zouk.
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