Graças à hegemonia de Adriano de Jesus Tchitacumula, o Rap triunfou na 1° edição do “Estrelas ao Palco Vencedores”. Nas vestes de Kendrick Lamar, o apelidado rapper “de sete pulmões” foi o eleito a vencedor pela massa votante e o corpo de jurados, após três meses de disputa renhida, “arrancando” 55 dos 100% de votos.
Volvidos quase dois meses após o concurso, fomos saber a quantas anda a carreira deste talento em ascensão e a boa nova é que brevemente haverá novidades musicais.
Na entrevista abaixo, Seven revela-se um artista de pés firmes no chão. Ciente da responsabilidade que se impõe, está preparado e a trabalhar para demonstrar o verdadeiro talento nas próprias vestes.

Conte-nos a trajectória de Adriano Seven?
Cresci com a minha avô, sou músico desde os 9 anos, comecei no estilo Kuduro num grupo de quatro elementos, mas aos 13 anos entro para o Rap. Comecei a fazer Rap por causa dos kotas, o Yannick Afroman foi meu vizinho na Coreia e eu era um dos putos que via esses kotas como exemplo. Além disso, houve uma altura em que tinha uma necessidade máxima de me expressar muito mais do que já fazia no Kuduro.
Seven é na verdade o seu alter ego, como surgiu e por quê?
O nome “Seven” surgiu no Estrelas ao Palco edição de 2019, fui apelidado como um rapper de sete pulmões e o apelido ficou popularizado na internet. Depois do concurso adoptei o apelido.
Até então, o Adriano Seven era um anónimo nas lides musicais. Viu no Estrelas ao palco a sua chance para sair do anonimato?
Sim, obviamente que é mais uma chance para sair do anonimato porque é de certo ponto uma plataforma que “vende” imagem e talento. Foi um concurso que de certa forma deu um grande input, mas em verdade falando, é apenas um concurso pois a verdadeira luta começa agora.
A sua segunda participação no Estrelas ao Palco foi triunfal, o que o incentivou a voltar a participar?
A primeira participação nos tornou filhos da Zap, o incentivo partiu daí, da fome de trabalhar e continuar a mostrar potencial.
Nalgum momento cogitou imitar outro artista que não fosse o Kendrick Lamar?
Tinha muitos artistas em mente dentre eles o Bass, Bruno Mars e outros, eram cinco ou seis cantores na minha lista. Também pensei no Lil Wayne, mas o Kendrick sempre foi o meu best rapper. Todos artistas que estavam entre as possibilidades eram para o caso do Rap não ser aprovado, porque nunca foi fácil fazer Rap em concursos nacionais.
Na edição Vencedores já com outra dinâmica, como foram para si as galas em que teve que estar na pele de outros artistas, que não fossem rappers?
Não foi fácil, mas enquanto artista temos que ter muita força de vontade, por que a arte é arte. Foi uma luta mas também era mais uma representação, cabia a mim parar para apreciar estes artistas, desde o modo habitual aos aspectos mais técnicos. Era necessário tirar uma ou duas semanas para estudar o artista e não apenas a música, porque era cantar e representar… tinha a ajuda dos professores e graças a Deus foi um sucesso.
Nesta competição enfrentou artistas de certa forma já conhecidos pelo público, como foi o caso de Ana Jorge e Alice Júlia. Nalgum momento achou que não venceria?
Por mim todos estavam capacitados para vencer e todos eram merecedores do prémio.
Sabe que o prémio poderá exigir mais de si… o que tem feito actualmente?
Estou apenas focado no primeiro passo, que é concluir as faixas musicais que o prémio do concurso contempla, para posteriormente gravar os devidos videoclipes.
Consegue adiantar quando ira concluir?
Temos o prazo de um mês para terminar, estamos a fazer um trabalho organizado e bem estruturado para o público. Mas posso adiantar que estamos próximo da conclusão.
Na sua óptica, qual seria a produtora certa para atingir os seus objectivos?
Diria que não tenho uma produtora preferida, basta apenas que sejam sérios no seu trabalho. Gostaria de continuar a trabalhar com pessoas sérias, coerentes e decisivas no que querem e é isto que já tem estado a acontecer.
Onde é que quer chegar com a música?
Eu quero chegar onde ela me levar, não tenho limites, tudo o que der e vier graças à música é aí onde estarei. Quero apenas trabalhar na música, é o que mais amo fazer, e se ela me levar ao topo dos topos é lá onde quero estar.
Quais são as suas influências artísticas?
A nível nacional tenho Yannick Afroman, Cage one… mas sou um tipo de pessoa que se deixa influenciar por todo tipo de artista, gosto de os apreciar e entende-lo, por isso considero-me alguém de ideias abertas, não sou de me fechar, gosto de acompanhar todo mundo para ter maior domínio musical e acompanhando apenas um, é difícil evoluir e aprender mais.