Intitular-se-á `Uma Música Angolana´ e estará disponível no próximo dia 4 de Março. O álbum foi anunciado na primeira pessoa, no passado dia 21 de Janeiro com o lançamento de ` Luísa´ , oficialmente a primeira faixa promocional do quinto álbum de estúdio da artista.
O tema cujo videoclipe já pode ser visto no canal do YouTube da artista, traz na assinatura Aline Frazão, Fradique e Kamy Lara. Nas palavras da autora, a música é dedicada às “Luísas, Marias e Cecílias, para as Elzas, Susanas e Luejis, Gingas, Lúcias e Lucindas deste mundo, aquelas que não se escondem mais, aquelas que não desistem mais, aquelas que não deixarão de usar a sua voz, “essa voz que utilizas para inventar”.
Letra e Música: Aline Frazão
Voz e Guitarra: Aline Frazão
Baixo: Mayo
Bateria: Marcelo Araújo
Piano: Marco Pombinho
Percussão: Yasmane Santos
Trompete: Diogo Duque
Produção Musical: Aline Frazão
Gravação e Mistura: Sérgio Milhano
Masterização: Ricardo Garcia
Editoras: Valentim de Carvalho (Portugal)/Flowfish (Europe)
Desenho Gráfico: Hilma Sassa
CRÉDITOS DO VÍDEO
Um vídeo de: Aline Frazão, Fradique and Kamy Lara
DOP: Kamy Lara
Edição: Zeno Monyak
Agradecimentos: Luís Frazão, César da Silveira e Geração 80
Toda informação relacionada ao lançamento, vem sendo dada por Aline, que faz recursos às redes sociais, para manter os fãs informados. Foi desta mesma forma que ficámos a saber, que dançar num vídeo é um desejo antigo que a artista acaba de concretizar, e fê-lo com bastante proficiência, casando na perfeição com a cadência e calmaria da canção.
“O videoclipe de Luísa é das coisas mais divertidas que fiz, ao lado do Fradique e da Kamy Lara. Não vou vos mentir: há muitos muitos anos que queria dançar num videoclipe, tal como os patins. Não vou vos mentir também que a parte dos patins foi mais difícil, tive que reaprender em tempo record. Quando era adolescente tive patins de 4 rodas e patins em linha. Era essencialmente no corredor do prédio que praticava as quedas e os truques básicos. Quando dá patinagem artística na TV sou dessas que pára para ver, deslumbrada e de boca aberta.
Já a dança é parte da minha formação artística de base. Fiz dança desde os 9 anos, ballet e modern jazz. Deixei apenas quando vim para Lisboa fazer a faculdade. Sempre adorei dançar mas a timidez e a vergonha cortavam-me as asas. Ainda hoje me lembro de chegar a uma festa, em miúda, e ver todos os casais a riscar uma kizomba no salão ou nas rodas de “É o Tchan”, e sentir o corpo gelar, tremer, paralisar. Tão forte era a vontade de me juntar e soltar o corpo na dança, como forte era a timidez e um certo pavor ao ridículo. Felizmente, com a idade ultrapassei grande parte desse bloqueio infernal e passei a dançar nas festas. Mas faltava uma coisa. Isto. Sair do armário como dançarina, bailarina aposentada, inventora de passos absurdos e desequilibrados. Sem medo, nunca mais, de cair no ridículo. Dançar é fundamental.” Partilhou.
Claramente influenciada pela Bossa nova, Aline enquadra-se no MPB, World Music e Jazz. Com a sua forte veia na composição e execução, já entregou ao mercado musical, em pouco mais de uma década de actividade, cerca de seis obras discográficas: Clave Bantu (2011), Movimento (2013), Insular (2015), Dentro da Chuva (2018), Ar Condicionado, banda sonora do filme com o mesmo nome, do realizador Fradique (2020) e a A Minha Embala, projecto lançado em 2009, em parceria com César Herranz.