Yola Balanga é um nome comum das artes visuais. A artista recorre à transcendência para expressar a sua e a liberdade dos outros. Abriu uma residência artística para homenagear vozes da resistência feminina, com realce para Aline Frazão, Sizaltina Cutaya e Kimpa Vita Gouveia.
O projecto começou a 20 de Outubro deste ano e resulta de pensamentos fragmentados, imagens e convivências. Encerrou esta tarde com uma grande performance no Lago das Heroínas, em Luanda, mas ainda pode ser visto mediante visitas guiadas.
Denominado ‘Kimpa 21’, as amostras são expressões da liberdade, envolvendo o corpo e a mente e fazem parte de um open studio, que resulta de um programa de pesquisa e produção de residência artística e intervenção que congrega “arte-activismo-a acção em espaços públicos”.
Organizado pelo LabCC ( Laboratório de Crítica e Curadoria em parceria com ELA, Espaço Luanda Arte), como primeira convidada, Yola Balanga decidiu pintar Aline Frazão e as activistas Sizaltina Cutaya e Laurinda Gouveia “Kimpa Gouveia”, tidas como personagens da linha da frente na defesa da igualdade e justiça social, tendo Kimpa como referência.
Por detrás da profetiza do Reino do Kongo, a artista plástica esconde o conceito de “muzumbo esticado”, ancorados em várias técnicas. O atelier está no antigo prédio dos artistas, que tem acolhido o “Fucking Globo”, na Baixa de Luanda, e continuará aberto para visitas guiadas até final deste mês.
A ideia de trazer essas trazer essas figuras ganhou consistência depois de um live da artista plástica com uma das homenageadas. “São pessoas que precisam de um ressalto. Precisamos de ter registo delas”, justifica a artista plástica. Depois de Balanga, a organização promete trazer outros intervenientes.