Angola chora a partida de um ícone incontestável
Publicado há 4 meses
Quando chegou a Angola, após receber a alta hospitalar da clínica onde esteve internado em Portugal, o estado de saúde de Joelson Caio Mendes, “Nagrelha” apresentava melhoria. Pouco tempo depois, o kudurista voltou a dar entrada de emergência no Complexo Hospitalar de Doenças Pulmonares Cardio-Pulmonares, Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, onde na tarde desta sexta-feira, acabou por morrer aos 36 anos.
O “Estado Maior do Kuduro” entrou para o “sanatório sem muitas chances de recuperação”. Mas, com o tempo reagia positivamente ao tratamento, tendo, inclusive, recebido alta hospitalar.
Já em casa, Naná, como também era conhecido, acabou por dar uma crise na segunda-feira (15) e regressou ao “sanatório onde na tarde de hoje acabou por morrer por volta às 12h 50 minutos”.
Segundo o boletim médico, Nagrelha morreu vítima de doença prolongada ou cancro do pulmão em estado terminal. Em Junho do ano em curso, a Carga noticiou que o kudurista havia sido transferido de emergência para Portugal, devido a uma doença de fórum pulmonar, tendo recebido alta em Setembro após apresentar alguma melhoria, tendo a fonte garantido à Carga que não seria necessária uma intervenção cirúrgica no pulmão do cantor, pois seu estado de saúde ” não apresenta “gravidade clínica”, não tendo sido, por isso, necessária uma intervenção cirúrgica no pulmão.
Nagrelha foi-se, mas para atrás ficam grandes obras
Pai de quatro filhos, Joelson Caio Mendes ‘Nagrelha’ nasceu no Sambizanga, no dia 30 de Outubro de 1986. Filho de pai santomense e mãe angolana, era considerado o artista mais consensual e mediático do estilo Kuduro.
Começou a cantar em 2003, no grupo Os Demónios do Sambizanga, mais tarde popularizado como Os Lambas. Depois, passou a seguir a carreira a solo, participando nas principais edições do Team de Sonho. Em 2017, lançou o seu primeiro álbum intitulado Arquitecto da Paz, em homenagem ao falecido ex-Presidente, José Eduardo dos Santos”.
Com os Lambas, Nagrelha destacou-se com os álbuns Estado Maior do Kuduro e Permanência, onde se destacam temas como Comboio, Provou e Gostou e Se Desfiou.
