É um projecto de que tanto se orgulha e chega aos ouvidos do público, após quatro anos de intenso trabalho, colocou a cantora na “boca do povo” e justifica o velho adágio “não há benefício sem sacrifício”.
Pelo menos é o que se vê até agora nas redes sociais do Facebook e Instagram. A azáfama terá sido motivada após informações sobre o vazamento do álbum homónimo da artista, várias horas antes do lançamento, agendado para ontem, 18 de Agosto.
Mais do que simples depositário de experiências sensoriais e/ou relações amorosas e afectivas, o segundo álbum de Anna Joyce é uma personificação da cantora, desde a produção, composição, até a escolha dos intervenientes, como refere à Carga é “um trabalho de que muito se orgulha”.
São 12 faixas ao todo, com apenas uma participação vocal, a de Ary, e foram disponibilizadas 15 mil cópias, das quais 5 mil terão sido “despachadas” durante a pré-venda, marcada ontem com um espectáculo na TPA1.
Amanhã e (20) e depois de amanhã (21), dois espectáculos estão agendados, para a apresentação do disco, no Miami Beach, Luanda. Haverá ainda nos próximos dias digressão para Saurimo, Dundo, Benguela, Soyo, Huambo e Malanje, mas muito antes disso, Anna Joyce vai autografar a obra em Viana, Casa da Juventude.
Essencialmente, o álbum reveste-se de Kizomba, Ghetto Zouk e RnB e apresenta caracterísica de um registo filmográfico, observa a cantora.
“Este álbum poderia virar um filme, porque tem desde o momento da primeira faísca ao amor ideal, e ao fim trágico. Nunca escolho os temas para compor, simplesmente escrevo naturalmente”, observou Anna Joyce, em entrevista à Carga.
Comparativamente à sua obra de estreia Reflexos, vários aspectos podem realçar-se no “Anna”. Em termos vocais, a cantora, letrista e intéprete apresenta-se mais segura e confessa ter evoluído, devido a factores que atribui a exigência do público. “Noto claramente uma evolução. Sinto-me cada vez mais segura e isso nota-se no resultado final”.
“Acho que pela vontade que tenho. Sou uma eterna descontente comigo mesma, exijo muito de mim, sou disciplinada… mas não tenho como não atribuir também ao meu público”, continuou.
Apesar de contar apenas com voz de Ary, seis das 12 faixas contam com colaborações escritas de Heavy C, Rui Orlando, Dino Ferraz, Cage One. Quanto à produção teve os dedos de Davince, Wonder Boyz, Tino, Smash, Impossible, Dream Nation, Miqueias Ramiro, Mauro Almeida e Dino Ferraz; Mestre Freddy, Texas, Tino e Max.