Nunca a cantora esteve tão confiante ao falar de si, tal como se apresenta no novo álbum, que será lançado ainda este mês. Para o lançamento, a estrela da LS Republicano preparou dois concertos nos dias 20 e 21, ambos no Miami Beach, Luanda.
Entretanto, quem ainda não adquiriu o bilhete não precisa se preocupar, porque Anna Joyce tem espectáculos agendados em Saurimo, Dundo, Benguela, Soyo, Huambo e Malanje. Os ingressos para os shows de Luanda esgotaram quatro dias depois de disponibilizados, um feito comum para os concertos da artista.
No total, estarão disponíveis 15 mil cópias, numa primeira fase. Mais tarde, o CD será também levado para outras províncias, pois Anna sente que deve partilhar este momento de alegria com todo o seu público.
Diferente da sua obra de estreia, neste álbum, a autora explora mais o lado pessoal. É um CD esteticamente mais evoluído e apresenta histórias dramáticas, reunindo apenas participação de Ary.
Com a agenda de espectáculos preenchida até Setembro, a voz “Puro” espera, ansiosa, para marcar a reabertura das vendas na Praça da Independência a 18 do corrente. A cantora, intérprete e compositora fala à Carga sobre os últimos detalhes da sua carreira e apresenta suas ambições artísticas.

A adesão dos fãs à aquisição dos bilhetes para os concertos de apresentação, leva-nos a pensar que era aguardada há bastante tempo. Porquê fez os fãs esperarem tanto assim ?
As condições anteriormente não eram favoráveis. Desde o ano passado que estávamos limitados por conta do estado de calamidade, então não foi opção nossa fazer o público esperar, eu também esperei lol.
Tem os meses de Agosto e Setembro todos preenchidos. Como é que pretende marcar estes momentos após quase um ano sem espectáculos?
Com músicas novas. Depois de tanto tempo, não poderia voltar sem novidades.
O “Anna” vem também marcar a abertura das vendas na Praça da Independência.
Quantas cópias preparou e que outros locais e datas vai autografar?
Para a primeira edição, preparamos 15 mil cópias, entretanto estávamos cientes de que teremos de fazer uma nova edição em algum momento. Além da Praça da Independência, vamos também á Casa da Juventude, Viana, e tentaremos de ir a todas as províncias.

Sobre as características do álbum, qual a essência da sua segunda obra discográfica e que participações trará?
Esse álbum vai ser muito pessoal, daí a escolha do título.Nunca me senti tão à vontade e confiante para fazer aquilo que queria. Desde a produção, composição, escolha dos músicos, estúdio, enfim. É um trabalho que me orgulha muito. Em termos de participação musical só terá a Ary, mas na execução das músicas, contei com Dino Ferraz, Rui Orlando, DVince, Cage Oneyb e muitos outros.
O amor tem sido o epicentro das suas temáticas e sabe-se que o “Anna” é uma dedicação a si e também à sua família.
Este álbum poderia virar um filme, porque tem desde o momento da primeira faísca. Ao amor ideal, e ao fim trágico. Eu nunca escolho os temas para compor, simplesmente escrevo o que me sai naturalmente.
Em que aspectos considera ter evoluído mais nesta obra comparativamente ao Reflexos?
Primeiro, em termos vocais, ainda não estou onde quero estar, mas noto claramente uma evolução. Sinto-me cada vez mais segura e isso nota-se no resultado final. Fora isso a minha essência tem sido a mesma.
A que factores atribui esta evolução?
Acho que pela vontade que tenho de crescer e me superar sempre. Sou uma eterna descontente comigo mesma, exijo muito de mim, sou disciplinada… Mas não tenho como não atribuir também ao meu público, que me acarinha e considera e sinto uma enorme vontade de retribuir, fazendo cada vez melhor.
Que curiosidades estão em volta do álbum que gostaria de partilhar com o público?
Este álbum começou a ser gravado em 2017. Foram 4 anos de suor e muitas lágrimas.
Depois de várias notícias e especulações no ano passado sobre o fim da sua carreira, como se sente agora ao voltar a brindar seus fiéis seguidores com esta obra?
É uma felicidade tremenda poder estar apta para seguir com o meu trabalho e fazer aquilo que amo. Não poderia estar mais satisfeita porque no final tudo acaba bem.