Como diz o próprio a “velhice está na mente e não na idade”. Após ter lançado dois trabalhos, em Novembro do ano passado, o romance “O Benguelense Boxeur” e o conto “Tio Jorge e outros quês”, Manuel Rui Monteiro está de volta à União dos Escritores Angolanos com um novo livro.
Trata-se de um poemário. Intitula-se “Do Rio ao Mar” e será apresentado amanhã, dia 25, às 17h00, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.
Mergulhado em duas visões com paixões distintas, o autor traz uma natureza bilingue, desdobrando a língua Portuguesa com análises da fraterna amizade.
Neste livro, o escritor de 81 anos dá matrizes clássicas e serenas ao Português e, em contraponto, ecoa aventuras e ressonâncias míticas, deixando-se envolver pelos “traços rupestres” de Ondjaki, que ilustram a obra.
É uma obra juvenil é actual e espelha os problemas do seu tempo. O amor, a fome e a guerra são alguns dos temas explorados, bem como alguns elementos que fazem a natureza, tal como a água e a figura da mulher e da matriarca.
Natural de Nova Lisboa, actual província do Huambo, Manuel Rui Monteiro nasceu a 4 de Novembro de 1941, 34 anos antes da nossa Independência. É conhecido como o autor do Hino Nacional.
Enquanto estudante, foi activista cultural da Casa dos Estudantes do Império. Participou de importantes acontecimentos literários e políticos, tendo sido preso por dois meses em Portugal. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, até 1969 e exerceu advocacia.