Com mais de 50 anos de carreira, o músico de 79 anos soma mais de 50 lançamentos discográficos e sabe-se que será objecto de uma homenagem discográfica em 2022, assim que compelar 80 anos.
As obras do artista basileiro inclui hits que marcaram época em trilhas sonoras de filmes, novelas e séries de TV. Após 9 anos do último álbum, Caetano surge com Meu Coco, sob chancela da Universal.
Meu Coco é o primeiro trabalho do músico, um dos mais brilhantes cantores e compositores da música brasileira, gravado junto à Sony Music Group, e estava prometido desde Agosto deste ano.
O brasileiro também divulgou o link do primeiro videoclipe do álbum, dedicado à faixa “Sem Samba Não Dá”, que fica disponível a partir desta sexta-feira (22).
Composto por 12 faixas, Meu Coco traz músicas gravadas por Caetano em um estúdio caseiro, em meio ao isolamento social adoptado contra a pandemia da Covid-19. Para acompanhar o lançamento, o músico redigiu uma carta aberta onde dá maiores detalhes do processo criativo em torno de cada faixa do trabalho, cujo trecho lê-se abaxo:
“Muitas vezes sinto que já fiz canções demais. Falta de rigor?, negligência crítica? Deve ser. Mas acontece que desde a infância amo as canções populares inclusive por sua fácil proliferação. Quem gosta de canções gosta de quantidade. Do rádio da meninice, passando pela TV Record e a MTV dos começos, até o TVZ no canal Multishow de agora, encanta-me a multiplicidade de pequenas peças musicais cantadas, mesmo se elas surgem a um tempo redundantes e caóticas. Há nove anos que eu não lanço álbum com canções inéditas. No final de 2019, tive um desejo intenso de gravar coisas novas e minhas. Tudo partiu de uma batida no violão que me pareceu esboçar algo que (se eu realizasse como sonhava) soaria original a qualquer ouvido em qualquer lugar do mundo.
‘Meu Coco’, a canção, nasceu disso e, trazendo sobre o esboço rítmico uma melodia em que se história a escolha de nomes para mulheres brasileiras, cortava uma batida de samba em células simplificadas e duras. Minha esperança era achar os timbres certos para fazer desse riff sonhado uma novidade concreta”.