Um grupo de músicos, entre eles Kool Klever, Preto Show, Nucho e Adelásio Mwangolé exige que o governo angolano levante as restrições sobre as medidias de calamidade relativa à Covid-19.
Os artistas entendem que as limitações sobre ajuntamento de pessoas devia ser de cumprimento obrigatório, sem distinções, quer de partidos políticos ou privilegiar determinado grupo de cidadãos.
Nas suas redes sociais, estes profissionais lançaram ontem um grito de socorro para que o Presidente da República venha a ter este factor em conta na próxima actualização do Decreto (que em princípio acontece a 9 de Julho) sobre as medidas de retrições porque, lamentam, o custo de suas vidas agrava a cada dia que passa, desde o ano passado. ” (…) Partilharem este grito de socorro para que chegue ao Presidente da República”.

Os músicos dizem não compreenderem a razão das limitações de ajuntamento em casas de espectáculo, bares, restaurantes ou cimema, quando os partidos políticos continuam a realizar marchas com com grande número de pessoas, por exemplo.
“Depois querem vir dar lições de moral ao povo e interditarem praias, restaurantes. Finjam pelo menos para ter alguma credibilidade”, lamentou o rapper Nucho.
A esta voz, juntaram-se Preto Show, Kool Klever, Adelásio Mwangolé e o humorista Tiago Costa, que, a seu jeito, pede: “Eu não quero que abram os restaurantes (…). Só quero essa malta toda na Bentiaba”, manifestou, partilhando um vídeo de um comício do MPLA.
As medidas de combate à Covid continuam a afectar a indústria cultural e de entretenimento do mundo, entretanto os angolanos queixam-se que no seu caso só piorou ainda mais sua situacão financeira e ajudou a empurrar milhares de jovens ao desemprego.
“Faliram-nos, empurram milhares de jovens para o desemprego” e, por isso, exigem: ” Se os partidos políticos podem, nós também podemos trabalhar”.
Como se sabe, a última actualização do Decreto de Presidencial permite que as atividades recreativas, culturais e de lazer, bem como museus e feiras podem funcionar até às 18h00, permanecendo os cinemas encerrados em Luanda.
Os espetáculos de música são permitidos só até as 18h00 em Luanda e de plateia sentada, continuando proibidas as festas em salões e limitadas a 15 pessoas em casa.
As praias e piscinas públicas continuam interditas e mantêm-se o uso de máscara obrigatória na via pública e qualquer local fechado de acesso ao público.