A Sociedade Angolana dos Direitos de Autores (SADIA) distribuiu, no ano transacto, de direitos mecânicos, mais de 20 milhões aos artistas. A distribuição dos rendimentos mecânicos foi possível por causa da arrecadação em 2021 e contemplou cerca de trezentos artistas nacionais e estrangeiros.
A quantia recebida por cada autor, revelou a SADIA à Carga, depende “do número de vezes que a sua obra foi utilizada” e teve em conta o rigor do sistema de monitoramento e distribuição revolucionário da empresa Smarca adptada à nossa realidade.
” É confidencial. Não fica muito bem revelar nomes. Imagine que ele tenha uma dívida, vão pensar que é ele que recebeu os 20 milhões e lhe cobrar todos os kilapis”, respondeu a entidade ao ser questionada sobre que artistas receberam os valores.
Consequentemente, durante o corrente mês, a entidade de gestão colectiva promoverá a distribuição dos rendimentos angariados na categoria de sincronização e direitos mecânicos de plataformas internacionais como o Facebook, Tik Tok, e Spotify.
Está ainda previsto para Maio a distribuição dos rendimentos arrecadados na categoria de execuçao pública, que provieram dos pagamentos contínuos do Grupo Radio Nacional de Angola, bem como dos últimos concertos musicais que aconteceram no país.
Apesar do sucesso na cobrança dos direitos de autor, lamenta a instituição, a maior parte dos rendimentos vem das entidades internacionais, pois parte dos usuários angolanos, entidades comerciais ainda se recusam a pagar.
“É extremamente preocupante que entidades comerciais angolanas, como os principais estabelecimentos gastronómicos e culturais usem de forma indiscriminada obras artísticas e os próprios autores, e simplesmente se recusam a pagar os direitos de autor, apesar de serem notificadas para tal pela Sadia”, lamentou a entidade angolana de gestão colectiva.