L´Edge canta Rap é conhecido por transportar nos versos os desejos e aspirações da juventude. Está neste momento em estúdio a cozinhar a sua primeira obra oficial, que será publicada já no próximo mês. O jovem de 27 anos é daqueles que, em nome da arte, tiveram de abdicar-se de tudo para seguir o sonho de se tornar numa das maiores referências do Hip Hop e deixa as primeiras impressões de uma carreira que teve como fonte de inspiração Abdiel, Xtremo Signo, Valete, Travis Scot, Drake e Eminem.
Em que momento a música começa a ganhar espaço na sua vida?
Há três ou quatro anos. Digo há três ou quatro anos, porque foi o momento em que a música começou a ganhar muito mais espaço na minha vida, antes disso já cantava.
Como é que se define artisticamente?
Sinceramente, acho que não tenho muito a dizer acerca. Não costumo a fazer self analysis da minha personalidade artística. Mas, me colocando na 3.ª pessoa, diria que L’Edge é um artista de quem nunca se sabe ao certo o que esperar; é um personagem que ganhou vida e agora existe, mas ainda é uma incógnita.
Como é que está a ser o início da carreira?
Está a ser fixe! Tive a sorte de começar a minha carreira profissional com uma equipa que se tem mostrado muito competente, a MP3 Lab. Temos obtido feedback positivo de todos o que consomem o meu produto. Tudo indica que pode haver uma explosão a qualquer instante

Quer nos fazer entender este está fixe?
Porque já produzi uma mixtape, dois EPs e um álbum digital… Ou talvez mais, já fiz lançamentos que já nem consigo me lembrar.
Que assuntos normalmente explora nos seus temas?
Canto sobre tudo. Atendendo o meu estado de espírito, falo sobre lifestyle, trago temas sobre Deus, relações amorosas, problemas sociais, enfim.
O que preparou para este ano?
Estou prestes a apresentar o segundo EP com o selo da produtora. O primeiro foi o EP W4MT (Waiting 4 My Time) este será ”Legião II” previsto para dia 7 de Setembro.
De que é feito o Legião II?
Este EP é feito de “Rap duro”, R&B, Dance Hall e pode surgir mais qualquer coisa dado ao facto de que o projecto ainda não está 100% concluído. Já temos a participação de Vanda Mãe Grande e, provavelmente, também teremos o Xtremo Signo.
Qual é o seu diferencial?

Trago uma musicalidade abstrata e canto principalmente para os jovens da minha faixa etária. Eu não tenho pretensão de ser visto apenas como um rapper. Sou artista. É desta forma que eu quero que as pessoas me classifiquem. Porque a minha música é mais sentimento que técnica, e os da minha faixa etária são os que melhor poderão entender os meus feelings.
Como nasce a decisão de cantar profissionalmente?
Se existe um Chris Brown, um Anselmo Ralph, e tantos outros, pode também existir um L’Edge. Tive outros ofícios, mas isso é o que faço melhor, então é justo que seja nisso que eu queira singrar.
O que pretende com a música?
Alcançar o mais alto nível possível. Vou até onde ela me levar, mas espero que isso inclua conhecer outros países, conhecer pessoalmente os músicos que admiro e proporcionar à minha família tudo o que ela ainda não teve.
Depois do Legião II, qual será o próximo passo?
Não sei, ainda não sentamos para falar acerca disso, mas de certeza que sairá alguma coisa, porque eu estou sempre a trabalhar.
Sabe que o mercado está cada vez mais pequeno. Dia após dia surgem artistas, que vão ocupando o pouco público que há. Como fará para se impor?
Já tenho alguns fãs (risos), então vou duplicar, ou se possível triplicar a produtividade para alcançá-los a todos.
Qual é o seu maior sonho?
Tenho vários, todos grandes, mas dentre eles, se destaca o fim do racismo no mundo.