A cultura é a expressão sublime da essência de um povo manifestadas através da língua, música, dança, pintura, literatura ou teatro. Em Angola, o sector musical é o que mais cresce, seguido das artes cénicas.
Diferente dos tempos actuais, a música sempre desempenhou papel contestatário na luta contra opressão colonial, mas tinha menos impacto que a literatura, pois, foi desta que originou a primeira organização cultural angolana “Movimento dos Novos Intelectuais Angolanos”, fundado em 1948 e liderado por Viriato da Cruz e Mário António.
Tal como em outros países, em Angola, a música é a disciplina artística que mais atrai adeptos. Dados da Sadia, apontam, por exemplo, que dos 36 mil 450 artistas inscritos em três meses, mais de 90 por cento estão ligados à música, seguido pelas artes cénicas.
Passados 45 anos depois da independência, no país continuam-se as tentativas de se criar uma indústria musical, embora não se tenha dúvidas de que o sector é o que mais gera emprego. Além de músicos, cantores, compositores, dançarinos e técnicos de som, a expressa artística acolhe engenheiros, comunicólogos e relações públicas.
Sendo produto cultural, a Declaração Universal dos Direitos Humanos ( 27º), em concordância com os artigos 43º e 87º da Constituição da República, confere ao indivíduo a liberdade de criação intelectual, artística, valorização e preservação da sua identidade cultural.
Desde o seu surgimento, em 1947, com Liceu Vieira Dias, o Semba continua a ser o estilo com maior destaque seguindo-se o Kizomba, mas é o Rap o que mais atrai adeptos.
Descartável ou não, a música ainda é vista como o maior receptáculo, a principal arma de defesa dos oprimidos e a demonstração das aspirações dos angolanos.