“Obrigado aos meus seguidores pelo apoio e lealdade durante todos estes anos. Esta é uma canção inédita que gravamos faz algum tempo e que pode ser interessante para vocês. Mantenham-se salvos, fiquem atentos e que Deus esteja com vocês”, disse Bob Dylan na apresentação da música no tweet.
Enquanto os astros da música estão abarrotando suas contas do Instagram com shows acústicos inflamados com histórias engraçadinhas ou compondo músicas que quando a pandemia terminar serão esquecidas, Dylan (78 anos) apresenta aquela que está a ser considerada a peça mais monumental de sua carreira, por duração, por densidade lírica e por número de palavras.
“Murder Most Foul” (traduzida como Um Assassinato Muito Sujo) também é sua primeira nova canção em oito anos, desde o álbum Tempest de 2012.
São 1.376 palavras distribuídas em 16 minutos e 56 segundos em que o cantor revisita acontecimentos e figuras icónicas de seus anos mais intensos, os anos 60 e 70. É a música mais longa de sua carreira. O recorde era de Highlands, incluída no álbum de 1997, Time Out of Mind, com 16min31s.
Não é uma canção que Dylan compôs e gravou no último mês, quando nosso mundo foi revirado pelo coronavírus. É provável que seja uma música registada há relativamente pouco tempo (alguns meses, alguns anos), porque a canta com essa voz quebrada que exibiu nas últimas gravações e concertos.
O longo texto começa com o assassinato de John F. Kennedy e depois recorda grandes acontecimentos da época, desenhando uma dramática história do declínio do Ocidente, exemplificada em seu país, os Estados Unidos, entre outros temas que marcaram o mundo.