Classe artística chora a morte de Galiano Neto

Ocorrida na madrugada, desta quinta-feira, dia 3 de Fevereiro, em Lisboa, o tamborinista, cantor e compositor, Galiano Francisco Neto, artisticamente conhecido por Galiano Neto, morreu vítima de uma ataque cardíaco, aos 65 anos de idade.

Galiano Neto é uma referência de artista angolano de música africana, tendo participado do grupo “Grito di Povo”, e como compositor, ao lado de Vate Costa e Gregório Mulato, do conjunto Os Merengues, um dos maiores agrupamentos musicais em Angola do pós- Independência. 

Radicado em Portugal desde os anos 90, Galiano Neto colaborou com os grupos Semba Masters, Kussondolola e participou das gravações do mais recente disco (em promoção) de Bonga.

De acordo com o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, Galiano Neto notabilizou-se, ainda, por ser autor de vários temas de sucesso, regravados pela Banda Maravilha, como “Lelu kiá” (álbum Zungueira) “Sessa mulemba” (As nossas Palmas) “Samba yó” e “palame” (Semba Luanda) e, ainda, “Makalakato”, conhecida canção interpretada por Paulo Flores, do seu álbum “Best Of”, lançado no início do ano 2000.

Galiano Francisco Neto nasceu na Ilha do Cabo, em Luanda, aos 18 de Abril de 1956, é filho de Francisco Custódio Júnior e de Francisca Miguel. A sua biografia faz saber que além de autor, compositor, percussionista, era também professor e mestre, na arte da música, da história de Angola e da vida. 

Nato da Ilha de Luanda fez parte do grupos carnavalesco União Mundo da Ilha, responsável por anos de produção musical carnavalesca ligada a esta zona da cidade de Luanda.

Uma vida emprestada à arte, em particular à música lusófona, é ovacionada por toda a classe artística.