Começou no Kuduro e hoje constrói uma carreira sólida no Guetho Zouk. Já lançou quatro músicas e está neste momento a gravar um vídeoclipe, enquanto projecta o primeiro EP. ‘Dona de uma voz forte’, Márcia Itchêlika vem de uma família de sembistas, mas se assume como a esperança feminina do Zouk em Angola e elegeu o mercado internacional para começar suas conquistas.
Por que decidiu cantar?
O que me leva a cantar é a minha paixão e amor pela música, porque sempre sonhei em ser uma artista profissional.
Como é que começa a sua carreira?
Eu canto desde muito pequena. A minha carreira começou em 2008 a 2009 como kudurista do grupo os Bilhas, mas apenas há 2 anos comecei a seguir a carreira profissional no Guetho Zouk.
O que aconteceu para mudar de estilo?
Foi repentino. Fui convidada para integrar um grupo que fazia Tarraxinha e com eles gravei uma música e continuo no Guetho Zouk até agora. Quero atingir o patamar mais alto da música com o Guetho Zouk.
A quantos passos está de lá?
Estou já a pensar em produzir um EP com diversos estilos. Neste momento, estou a analisar o título do mesmo, mas ainda não tenho uma data certa para o lançamento, tudo vai depender do meu trabalho.
Quantas músicas possui?
No total são quatro. Mas tenho contado apenas duas, a ‘Na Lua’ e ‘Nosso Casamento’, que estão no You Tube e em outras plataformas digitais. Estou também a produzir o vídeoclipe de “Nosso Casamento”.
Que participações traz neste EP?
Irei contar com a participação do Jandir Three, Nelly Da Bulls e outros músicos que ainda não posso revelar.
Com que músicos gostaria de partilhar a mesma canção?
Gostaria de estar no mesmo palco e a cantar a mesma música com o mais velho Pedrito, Yola Semedo, C4 Pedro, Baló Januário, Dodó Miranda e Totó.
No mesmo ano em que se preparava para estoirar, de repente, aparece a pandemia. Como tem lidado com esta situação?
Na verdade, há mal que vem para bem, não está a ser fácil para mim e, de certeza, para todos nós. A sensação não é boa, porque estamos muitos limitados. Mas graças a Deus estamos a trabalhar muito.
Que planos traçou para se impor no mercado?
Na verdade, os planos são segredos. A minha intenção é surpreender os ouvintes.
Que ouvintes são esses?
O meu público. Não posso afirmar dizendo que é um, quando, na verdade, sinto o carinho e o apoio do pessoal de cabinda ao Cunene, da diáspora nas mais vaiadas idades.
Que valores traz para a música angolana?
As minhas sonoridades irão acrescentar bons valores à música angolana, porque já tenho alguns fãs que olham para mim como um espelho.
Para que mercados centrou a sua carreira?
A minha carreira esta focada para o mercado internacional.
Não é paradoxal, uma vez que vive e é angolana? Como pretende fazer isso?
Tenho talento e capacidade para transmitir boa música.
Que palcos já pisou?
Já pisei vários palcos, mas uma das melhores recordações que tenho foi quando participei no concurso Estrelas de Angola na Banda TV.
Qual é o seu maior sonho?
Ser conhecida internacionalmente.
É a única da sua família que canta?
Não. A Márcia do Carmo André Da Silva tem o tio Mig, Don Caetano e os Irmãos Kaffala.