Quando entraram para a música eram cinco e, ao longo da caminhada, um deles teve de desistir por ver-se impossibilitado em contribuir financeiramente para a manutenção do grupo.
Os Picantes não são propriamente um grupo novo. Estão na música há 15 anos, só que nunca conseguiram ter protagonismo. Sua carreira começou a assumir novos contornos em 2013. Após lançarem o single “Mambo tá torto”, o trio nunca mais voltou a ser o mesmo.
Exímios dançarinos e letristas, os cantores residem no Huambo e são um grupo em evolução, mas já têm no mercado dois álbuns, sendo que neste momento, preparam o terceiro.
Sua obra de estreia “Sonhar não é Proíbido” vendeu 500 cópias, já o segundo “Ndikwatise Ndivela” (Me Ajudam Quando Estou doente, em português) foi sucesso de vendas no Huambo.
Com lerras que versam sobre situações do quotidiano, Os Picantes cantam essencialmente em Umbundu e muitas vezes misturam o Umbundu e Português. Os temas Coronavírus, Órfão e Crise no Lar constituem seus cartões de visita actual. Aliás, foi com este último que relegaram Paulo Flores e Yuri da Cunha, que concorriam com o tema Njila Ia Dikanga” para o segundo lugar e “Wfeko Wmue”, de Tiviné para o terceiro.
Antes eram cinco, mas um teve de abandonar o gurpo devido a questões financeiras, sempre que o grupo precisava de algumas contribuicões, ele não tinha para contribuir. E o outro passou para a área da produção”, conta Morote, um dos integrantes num vídeo nas redes sociais.
Para chegarem à fase nacional, onde conquistaram 3 milhões 348 mil e 317 votos e arrebataram a edição 2021 do Top dos Mais Queridos, Os Picantes deixaram para atrás nomes como Justino Handanga e Bessa Texeira. Por conquistar o prémio, o trio de jovens vai receber três milhões de Kwanzas.
Recorde que, para esta edição, 31, concorriam para o Top Dos Mais Queridos os músicos:
Kito Nogueira (Kuanza -Norte) , com o tema “Tá Amarrado”; Lock Brow (Bengo), com “Nzambi Yami”; Dala da Silva, (Uíge), com “Viemos de Longe”; Os Picantes (Huambo), com “Crise no Lar”; Wamy da Silva, (Zaire), com “Desejo Mortal”,; Tiviné (Benguela), com “Wfeko Wmue”; Father Black (Lunda Norte),com “Hangana nhi yami”; Flash Mukama ( K. Sul ) , com “Meu colo”; Bruno Lakass (Namibe), com “Eterno Jesus”; Mona Mina (K. Kubango), com “Kiambote”, First Line Music (Cunene), com “Blessing”; Osvaldo Nicolau (Malanje), com “Anel de Rosa”, Rei da Costa (L. Sul), com “Ngoma” e Paulo Flores e Yuri da Cunha (Luanda), com Nzila Ya Dikanza.