Há pouco mais de uma semana, Coréon Dú fez o seu grande retorno aos palcos, após um ano de “afastamento” devido à pandemia. Não foi apenas mais um concerto, o artista subiu ao palco do Espaço Espelho d’Água para apresentar o seu mais recente trabalho, The Love Infinity.
Com a produção a cargo da Bússola Rítmica, Coréon teve um único convidado além da sua banda, Shane Maquemba, um artista em ascenção e em fase de internacionalização da sua carreira.
Na “ressaca” do evento, os dois artistas falaram à Carga, e numa demonstração mútua de respeito, Shane teceu rasgados elogios a acessibilidade do autor de Binário: “Coréon Dú é uma pessoa muito amável e muito acessível. Foi muito bom, saber que ele também gosta do meu trabalho, principalmente dessa nova roupagem que estou a fazer da minha carreira.”
Por seu turno, o anfitrião partilhou conselhos para a longevidade da carreira de Shane: “é um jovem artista com muito talento, espero que ele mantenha o foco em desenvolver o seu percurso e sonoridade como artista.”
Mas não foi tudo, Coréon Dú garante que embora longe dos holofotes, permaneceu em processo criativo e que brevemente haverá novidades.
Quanto tempo esteve ausente dos palcos?
Já não actuo em palco desde o início da pandemia.
Ao que soube este regresso?
Foi muito agradável conviver com apreciadores da música ao vivo , particularmente porque na Europa havia muitas restrições sobre os eventos culturais. Comemoramos em conjunto a possibilidade de poder estar comigo eles em palco mais uma vez.
Do que mais sentiu falta?
Ainda convém ter cautela, mas o que mais sinto que fez falta a muitos de nós foi o contacto humano do dia a dia fora do mundo digital.
Partilhou o palco com Shane Maquemba, um talento angolano em ascensão. É apreciador do seu trabalho?
É um jovem artista com muito talento, espero que ele mantenha o foco em desenvolver o seu percurso e sonoridade como artista.
O que achou deste convite da produtora, esteve à altura?
É com muito gosto que recebo convites para actuar. Foi um serão agradável onde pude actuar para alguns dos meus seguidores lisboetas pela primeira vez e fico grato pelo convite do Espaço Espelho D’Agua e da Bússola Rítmica.
Até que ponto considera importante esta troca de experiências?
Cada público é diferente. Eu posso cantar exactamente o mesmo repertório todos os dias, mas cada dia trás um público com as suas particularidades, com culturas e expectativas diferentes. Isso faz parte da magia da música ao vivo.
Que outros eventos tem em agenda para os próximos meses?
Para já convido que fiquem atentos as minhas redes sociais para mais novidades em breve .
Artisticamente falando, como aproveitou estes momentos de estagnação de actividades culturais?
Estou em constante criação por hábito e enquanto o meu trabalho enquanto músico esteve parado o meu trabalho não parou. Acredito que muitas vezes o nosso público confunde o não aparecer com o estar parado.
Felizmente a indústria da moda foi uma das primeiras indústrias criativas a reabrir aos poucos no ano passado. O meu trabalho na Da Banda Model Management em particular parou quando iniciou a pandemia, mas felizmente a meio do ano passado voltou a arrancar pouco a pouco com o apoio de alguns clientes internacionais que continuaram a apostar nos nossos modelos. Igualmente continuei a recrutar novos talentos com a minha equipe alguns dia quais fizeram agora a sua estreia nas semanas da moda de Lisboa e do Porto, Moda Lisboa e Portugal Fashion .