As informações prestadas esta quarta-feira pelo director nacional da cultura, Euclides da Lomba, e reiteradas ontem à Rádio Lac, segundo as quais Carlos Burity não tinha recebido nenhum prémio daquele pelouro contradizem a atribuição, em 2009, do Prémio Nacional de Cultura e Artes ao músico.
Segundo informações apuradas pela Carga, o músico angolano já venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes e 2009. Há 11 anos, o autor de “Ojala Yeya” recebeu o referido galardão e o presidente do júri foi Mário Pinto de Andrade.
Na altura, o presidente da mesa do júri havia subilhado, durante uma conferência de imprensa realizada no Centro Aníbal de Melo, que a atribuição do prémio a Carlos Burity resulta do conjunto da sua obra que, ao longo de 37 anos de carreira, tem sido referência da cultura angolana dentro e fora do país.
“Ao longo da carreira de 37 anos, Carlos Burity tem sabido divulgar a cultura angolana. O seu talento e arte, tocando, interpretando e compondo canções de grande valor harmónico e melódico, suscita em qualquer ouvinte lembranças de intrínseca angolanidade”, dizia o júri citado pela Angop.
Mário Pinto de Andrade descreveu o músico como consistente, persistente, de elevado nível profissional, cuidado na colocação vocal e detentor de uma carreira invejável que soube granjear respeito e consenso entre os músicos mais velhos e da nova geração.