Poucos anos após se lançar no mundo da música, Dicklas One alcançou o sucesso nacional e internacional e ficou conhecido como o ‘Rei do Afro House’ em Angola, alcunha que conserva até hoje.
Seus temas “Me Cuias bué, Xoota e Piza constituem seu cartão de visita, mas agora Dicklas diz que está mais maduro. Recemente, lançou Everybody Crazy, onde é possível provar o seu crescimento artístico.
Depois de algum tempo ausente, por priorizar assuntos pessoais, o artista afirma que encontrou o mercado confuso e culpa os colegas por não souberem respeitar os procedimentos do afro house, e por isso caiem para o Kuduro”.
Nesta nova etapa da carreira, Dicklas tem agendado um novo álbum que, à semelhança, do Filho do Povo trará outros estilos. O músico tem novas ambições, assinou com duas produtoras de referência em África, está a apadrinhar um lar e fala sobre seus projectos.

Depois do sucesso que fez entre 2008 a 2014, decidiu ausentar-se, agora regressa e assina com a Cloe e a Link Records. A que se deveu a ausência ?
Fui viver em Portugal (Porto Gaia), precisava dedicar-me um pouco à family e aos negócios pessoais.
Por que escolheu a Cloe Management e Link Records ?
Escolhi trabalhar com estas duas agências porque, em primeiro lugar, acreditam no meu trabalho, segundo, porque há uma sincronia de trabalho
Quais são suas maiores ambições ?
Quero poder também ajudar a lançar arstistas, dando oportunidade para que juntos darmos contributo à cultura angolana
O que prevê essa parceria e que frutos já colheu até agora?
E está muito top verdade. Tenho quedas por este estilo, também.
A propósito, no seu regresso como encontrou o mercado do Afro House em Angola?
Encontrei um mercado do afro house um pouco confuso, porque os meus colegas não respeitam o procedimento que o house music tem , os bpm estão acelerandos, por isso é que muitos caiem para o Kuduro.
Podemos dizer que, agora poderá haver alguma mudança ?
Sendo o pioneiro do house music 《no país》, venho organizar o mercado, ajudar os colegas a perceberem e respeitarem os parâmetros do House Music.
O que acha ter estado na base desse descaminho, não será que estado que vocês, os pioneiros, não souberam deixar uma boa estrutura ou é algum tipo de preguiça por parte dos colegas ?
É preguiça dos meus colegas. Para mim, devem melhorar. A composição musical é tudo a mesma coisa.
Recentemente apresentou um novo tema, o ‘Everybody Crazy’. Que mensagem quis passar com esta música?
Embora a tradução literal da palavra signifique ‘maluco’, o que quis passar a todo mundo é louco no sentido de “adrenalina” e “emoção” por exemplo, quando vamos para uma festa queremos sorrir, dançar e estar com os amigos é este “crazy”.
Este tema estará com certeza no seu novo álbum. Fale-nos um pouco deste álbum. A Carga sabe que, apesar de essencialmente afro, terá também Kizomba. Porquê razão decidiu enveredar para este caminho?
Mas no álbum passado tive um hit com participação da Edmázia o tema ‘Me cuias bwe’, estilo Kizomba , então neste álbum voltei a meter Kizomba.
Auto-intitula-se como o melhor do Afro no país. Por que razão diz isso?
Eu sei que canto House e faço-o bem, por isso é que muitos intitulam-me como King do afro em angola. Fui o primeiro artista de afro house em Angola.
Como está a sua agenda e que projectos prevê para dentro em breve?
Minha genda esta boa até Janeiro, graças a Deus. Tenho muitos projectos e um deles é o de beneficência. Sou padrinho de um lar.
Que Dicklas One o povo terá agora ?
O mesmo, mas com muita maturidade musical.