O artista angolano Leandro Marques vai apresentar-se na Galeria Tamar Golan com “ECLOSÃO”, uma exposição individual a inaugurar no próximo dia 02 de Abril de 2021, pelas 18 horas.
A mostra ficará patente ao público até ao dia 26 de Abril, podendo ser visitada de Segunda a Sexta-feira, das 9h00 às 17h00, na galeria de arte contemporânea da Fundação Arte e Cultura, na Ilha de Luanda, junto à escola 1205, paragem da Casa Lisboa.
Sobre o artista
O artista Marques é conhecido no seio familiar de Leandro Clécio de Sá Marques, nome com que os seus pais baptizaram-no antes mesmo de ao mundo dar os seus primeiros gritos no dia 26 de Novembro de 1988, na Maianga, em Luanda.
Como qualquer ser humano, Leandro de Sá Marques viria erguer-se na dinâmica do seu crescimento físico e mental, reencontrando-se, em 2018, no dote que lhe caracteriza- artista plástico- conhecendo assim a sua segunda identidade, Marques. É autodidata e membro da UNAP e Brigada de Jovens Artistas Plásticos.
Depois de participar em várias exposições colectivas, Marques desafia-se, mostrando no “Eclosão” um conjunto de obras com técnicas diferenciadas, na Galeria Tamar Golan. Entretanto, não é a primeira vez que se vai apresentar na Galeria Tamar Golan. Em 2018 e 2019, participou de duas exposições colectivas “No silêncio a arte fala” e “A Fonte”, respectivamente.
Ainda em 2018, participou numa exposição colectiva no Centro Cultural Brasil Angola, no âmbito da 7ª edição da Maratona dos artistas, e em 2019, na Galeria Banco Econômico, participou da exposição “Untitled.2”. Já em 2020, no Espaço d´Arte (Ed.Sky One) participou da exposição “Reunir”.
A Exposição
A presente exposição visa saudar e prestigiar a estreia, a título individual, do artista plástico Marques, depois de um número de participações consideráveis e marcantes em importantes exposições colectivas. Marques é pseudónimo de Leandro Clécio de Sá Marques, natural da província de Luanda, membro da UNAP/ Brigada Jovem. Marques, autodidata, começou a traçar o seu voo pelo universo das artes plásticas em casa e, através de constantes e sistemáticos exercícios, foi apurando a sua arte. Marques, em termos de harmonização, certamente não teria encontrado um título melhor que ECLOSÃO, pois toda a sua semântica explica esse voo primário que seguramente se vai repetir nos próximos tempos.
Contudo, tal estreia não pode ser entendida como fraqueza na medida em que esta exposição demonstra por si só o nascimento ou surgimento de um valor a ter em conta no circuito das artes plásticas.
Marques, como artista, demonstra ser alguém preocupado com o devir e, portanto, apresenta uma apurada visão “crítica” sobre os fenómenos sociais das sociedades do seu tempo, facto que pode ser comprovado ao observar atentamente as obras que compõem esta amostra. Nesta exposição, o artista não se sente preso a uma linha condutora, por isso as obras apresentam temas variados, mas sempre com o estilo próprio e convergência na visão, na técnica e no acabamento harmonioso.
Bem-haja ao artista Marques, bem-haja às artes plásticas em Angola.
EDUARDO VUEZA, artista plástico.