Edição de estreia do Festival Nacional Ngola Slam foi disputada por seis províncias
Publicado há 1 ano
Apresentado como um evento de calendário, o Ngola Slam é um festival de literatura oral em Angola, que na sua edição de estreia congregou no mesmo palco: Workshops, Feira da Palavra, Microfone aberto (Corrente de Spoken Word), Oficina, Spoken Show, Zwela Spoken Word, Diálogos Sobre Spoken Word, Debates, Cinema e Música ao Vivo.
Organizado e produzido pelo Team Ngola Slam, que é a junção da Kwanza Eventos, Art Sem Letras e Luanda Slam, formando um corpo único, a programação de três dias contemplou actividades como: Rodas de Microfone Aberto, Oficinas de Spoken Word com a Elisangela Rita, Spoken Show com a Poetisa Luz Feliz, Debate em torno do Poema ` Photoshop Social´ de António Paciência com Dino Cross e Catarino Luamba, uma mesa redonda sobre Spoken Show com Lukeny Bamba Fortunato, Kool Klever, Elisangela Rita e Kiako Zambo, momentos de música ao vivo com A Banda Omwenho Groove, Aylasa Tchipilica e Wilmar Nakeni.
O evento culminou com o Campeonato Angolano de Spoken Word que juntou no mesmo palco para uma batalha renhida os vencedores de diferentes Slams realizados em 6 províncias, nomeadamente: Benguela, Huíla, Huambo, Malanje, Luanda e Uíge.
Oriundo da província do Uíge, sagrou-se vencedor o poeta Domingos Dembo, este que esteve como representante do Kassemba Slam mas que ao longo de 2021 também venceu concursos dentre os quais, Luanda Slam e o Slam TundaWala, e foi sem sombra de dúvidas o Poeta de Spoken Word do ano pela forma muito original como apresenta os seus poemas.
O Segundo lugar foi arrebatado pela grande Sandra Bande, cuja qualidade levou-a ao empate na disputa pelo trono, ficou com o segundo lugar do pódio do Ngola Slam e o terceiro lugar foi merecido ao poeta Empty proveniente do Slam da Huíla e todos eles classificados pelo modelo internacional de votação para batalhas de Spoken Word (O Júri popular).
O Ngola Slam surgiu da necessidade de se criar um espaço que une os fazedores de poesia falada em Angola de modo a aproximar todas as localidades interessadas em desenvolver a prática deste movimento e também para proporcionar um intercâmbio cultural através de eventos intimistas e interactivos.
De acesso livre, o evento teve afluência de aproximadamente 300 pessoas ao longo dos 3 dias, contou com o apoio do Goeth Institut e do Palácio de Ferro.
