Elias Dya Kimwezo completou hoje 85 anos, mais de 60 dos quais dedicados à música. Uma data que, com o passar do tempo, deixou de fazer parte apenas da vida do músico e da sua família, já que o “Rei da Música Angolana” é das figuras mais incontornáveis da música popular angolana.
Há muito que a data de aniversário de Elias Dya Kimwezo mereceu atenção especial, tal como aconteceu na manhã de hoje na sua residência. Uma comitiva do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, encabeçada seu pelo titular, apagou com o artista as 85 velas.
Podia não ser especial para muitos, mas para o aniversariante o momento foi especial, porque Elias ” Não esperava, por ter sido apanhado de surpresa.” Estou feliz por isso, porque mesmo aquele que ouviram da difusão massiva apareceram”, disse o arista, na ocasião.
Não é a primeira vez que o “rei” vem merecendo estas homenagens, mas prometeu guardar a sete chaves as recordações. “as recordações são as de estar com a família e os amigos”, realçou.
A carreira de “Elias Dia Kimuezo” começou em 1950 no “Ginásio”, Sambizanga, onde aos 12 anos aprendeu a falar Kimbundu com a avó, após a morte dos pais, mas foi no Marçal, em Luanda, que nasceu aos 02 de Janeiro de 1936.
Seis anos mais tarde, Elias Dya Kimwezo aparece como intérprete e tocador de bate-bate, integrando o conjunto Kizomba. Nesta época funda o Dikundus, constituído por operários fabris, destacando-se como vocalista principal.
Na sequência dos êxitos conquistados, ligou-se à editora Valentim de Carvalho, com a qual gravou três LP, com destaque para “Etiqueta Angola”, em que participaram Rui Mingas, Teta Lando e Barceló de Carvalho “Bonga” e cinco singles.
Nos anos 70 gravou um LP com a editora Rebita e um outro no Brasil. Em 1974, criou um dos maiores agrupamentos musicais da época: o Kissanguela.
Sempre preocupado com a essência da música angolana, Elias Dya Kimwezo, possui uma escola de música por detrás da sua residência.
Em 2015, a vida é o percurso artístico do músico foi objecto de homenagem em livro. Intitulado “A Biografia de Elias Dya Kimuezo, A voz e o Percurso de um Povo”.