Filipe Mukenga venceu, esta sexta-feira, o Prémio Nacional da Cultura e Artes-edição 2021, na categoria de música. Ao reagir à atribuição, o músico disse que o galardão tem um sabor especial para si, e considerou ser sempre melhor que as pessoas sejam reconhecidas quando estão em vida.
O artista confessou à Carga que há muito desejava receber o prémio, e por isso se sente bastante satisfeito, mesmo que tenha chegado tarde. “ Pelo menos, chegou. É um prémio que eu já perseguia há muito tempo, porque sempre tive consciência de que eu merecia este prémio”.
Com mais de 58 anos de carreira, Filipe Mukega sente-se quase realizado, por verificar que a sociedade não se distraiu em relação à sua obra e sublinha que a atribuição tem especial importância, porque pode ver, sentir e viver. “Tive a graça de ser galardoado em vida”.
“ Estou muito feliz. Acho que o momento foi este. É uma grande motivação para continuar a trabalhar”, reagiu após ser questionado sobre seu estado anímico, já que numa entrevista à Carga disse que não entendia o porquê que não era reconhecido com o Prémio Nacional da Cultura e Artes.
Autor de “Filhos de Cabinda”, Filipe Mukenga lembrou que começou a traduzir os “misosso”, as realidades angolanas, muito cedo e suas canções ecoam nas vozes de grandes artistas internacionais, elevando, deste modo, o nome de Angola, por isso sempre estava convencido de que “merecia o Prémio Nacional da Cultura”, que é a mais alta distinção da cultura e artes, do estado angolano.