A artista plástica Fineza Teta foi seleccionada pelo governo para fazer parte do projecto de construção do Memorial às vítimas dos conflitos armados em Angola, cujo objectivo é homenagear e honrar as vítimas dos conflitos políticos ocorridos em Angola, no período de 11 de Novembro de 1975 a 04 de Abril de 2002.
Sob direcção da Fisty Design Studios, composta por profissionais das artes plásticas, Fineza Teta concebeu aquilo que hoje é o projecto carregado de espiritualidade, identidade nacional e patriotismo, visando honrar e perpetuar a memória das vítimas executadas e tombadas no processo de conflito armado no país.

A artista de artes visuais e plásticas foi escolhida pelo Gabinete de Obras Especiais (GOE). Para ela, este legado histórico nos exorta com a dor do passado a não voltarmos a cometer erros, que possa perigar a soberana paz, harmonia e reconciliação nacional, num conflito que não houve e jamais haverá vencido ou vencedores. “É um verdadeiro património nacional”, reconheceu a criadora.
O trabalho será composto por três peças, nomeadamente a “Aliança Eterna”, “Aliança inquebrantável” e o “Hall de Memória e a Mulembeira da Reconciliação”.
Fitsy, como é conhecida no mundo das artes, é uma artista plástica é reconhecida por seus retratos multicoloridos. Ela foi membro da Comissão Nacional de Angola para diversas exposições dentro e fora do país. Foi também a primeira mulher a receber a distinção do grande prémio de pintura Ensa-Arte, 2014.
Fineza Teta nasceu a 26 de Dezembro de 1977, em Luanda. Iniciou a criar bases no mundo das artes plásticas, no Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural (INFAC), actualmente Escola Nacional de Artes Plásticas, onde fez a formação.
Em 2014, participou pela terceira vez no prémio Ensa-Arte onde foi vencedora, na categoria de pintura, com “Inquietação”.
A artista realizou a primeira exposição individual, “Divergente”, patente de Dezembro de 2014 a Janeiro de 2015, no Instituto Camões – Centro Cultural Português, em Luanda. Foi distinguida com menções honrosas em diversas exposições como a da Fundação Irida, em 2004, na Rússia, pela mostra “Primavera”.