Hip Hop: Classe cria “instituição” para ajudar artistas em situações difíceis

Motivados pela trágica morte de Ngadiama Wakambosonhi, pioneiro do movimento Hip Hop no país, artistas da Velha e Nova Escola criaram a “Associação dos Hiphoppers de Angola”, uma plataforma de cariz social que passará a prestar apoio e acudir eventuais situações de crise que membros da classe venham a passar.

Criada este ano, a organização integra nomes como MC K, Kool Klever, Kid MC, Drunk Master Lukeny Bamba, Yannick Cruz, Nob Saibot, Léo MC, ZH, Kimurah Uhenia, DJ Pelé, Tony Graph, Sabatt, Hebo Imoxi, Kim Buda, Cláudio Bantu, 1000ton Nkanzale, JHM, Gri Máfia e tem como presidente Dom Samu.

A agremiação será apresentada às 18 horas de sexta-feira, 10 de Dezembro, durante um espectáculo com actuações de Kool Klever e MCK, que acontece na Segunda Travessa do Gamek à Direita, em Luanda.

Sob a denominação “Associação dos Hiphoppers de Angola”, abreviado “A.H.A”, a mesma tem por finalidade desenvolver acções para a saúde, prestar apoio jurídico, elevar e manter a qualidade de vida social, humana e do meio ambiente, sustentadas com  actividades socioculturais como a dança, o canto, o desenho artístico, feiras de empreendedorismo e outras similares.

A associação funciona como uma espécie de  “movimento de apoio social aos artistas”, e passará a apoiar b-boys, passando por grafiteiros até dançarinos, caso tenham nececidade para o efeito. Pode fazer parte dela todo aquele que se identifica com a cultura Hip Hop, sejam praticantes, amantes, ouvintes, aficcionados ou simpatizantes.

Segundo Dom Samu, a plataforma foi criada para fortificar o laço de irmandade característica do “movimento”, e vai permitir dar voz aos oprimidos. Os membros possuirão cartões de identificação. Para a inscrição, debita-se uma simbólica quantia monetária e mensalmente, uma quota, também simbólica.

“A associação vem para tapar uma lacuna que existe desde o princípio,  que é a unidade de todos os elementos em prol da mesma causa; esquecer os egos (os disse que disse) e ajudar-nos mutuamente quando for preciso; dar voz aos oprimidos, ser um escudo que protege todos que buscarem o apoio da associação defendendo os mesmos com unhas e dentes”, sublinhou.