Ultimamente, tem sido frequente no seio da comunidade artística angolana manifestações públicas contra o agravamento dos problemas sociais, provocados pela pandemia do Covid-19. Depois de Ndaka Yo Wini, na semana passada, agora foi a vez de Irina Vasconcelos.
A cantora angolana está preocupada com o número de crianças que morrem de fome, mesmo depois da autorização do governo da transferência monetária às famílias vulneráveis através do programa Kwenda, criado para reforçar o combate à fome e à pobreza nas zonas mais impactadas.
“Os 8500, kota? As nossas crianças estão a morrer na vossa governação, fome e desemprego tatuados na velha e nova geração” contestou a artista.
Irina reagia ao passamento físico, na madrugada desta terça-feira (9), da pequena Lúcia Pedro, cujos pais encontram-se desempregados e, segundo notícias, a menina terá morrido por causa da fome, algo que Irina não percebe, uma vez que a ajuda financeira do governo, já foi autorizada.
“É impossível a tranquilidade na morte nem caixão nem canção, ela se foi”, lamentou a cantora, através de uma publicação nas suas redes sociais.
Nos últimos tempos, tem sido frequente a comunidade artística angolana sair à público em protesto contra o agravamento das condições sociais devido a situação causada pelo Covid-19.