Fundada em 1996, Os Versáteis conquistaram o respeito dos angolanos por traduzirem em várias línguas e ritmos o quotidiano do povo. Embora marcassem um período específico da história do país, suas canções servem para os tempos actuais. Os irmãos João Alexandre e Toya Alexandre foram os principais rostos da banda.
Entraram para o music hall nacional há 24 anos e produziram quatro CDs, sendo o último lançado em 2014 já sem a presença das vozes de João e Toya Alexandre, que tinha desintegrado a banda anos antes.
Intitulado “Nossas Quetas”, com uma rapsódia que homenageia Dom Caetano, Rui Mingas e Dina Santos, na obra Sissa Mota, Pedro Mota, Paulo Manssini Nono Catete, Chiquilson, Pety Dudu, Kayeye Bento, Linda Chilongo e Catuta exploram novos ritmos, preservaram a essência, priorizando o Semba, Cabecinha, Kizomba e Zouk, interpretados em Português, Cokwé, Kimbundu, Umbundu e Kikongo.
Depois do primeiro projecto “Exprimentando”, seguiu-se “Casamento-Semba Morena” (1997), onde se destacaram os temas com os mesmos nomes. Em 2004, editaram “Chegou a Hora”, com o tema “Thanjidi Mu Mesu” o cartão de visita.
Devido a sua forma peculiar de cantar o Semba, a Cabecinha, o Kizomba e o Zouk, Os Versáteis eclodiram, juntando-se aos Irmãos Verdade, Impactus 4 e duplas como Irmãos Almeida e conquistaram o seu espaço na música angolana.
Oito anos antes da apresentação de “As Nossas Quetas”, o grupo disponibilizou “Do Gueto Para Nguimbi, um álbum que encerrava a participação de Toya Alexandre, uma das principais vocalistas
Os sucessos ” Casamento”, “Suze” e “Thangidi Mu Mesu Maku” produzidos em diferentes momentos, continuam a espelhar e a fazer parte da memória colectiva do povo e levou a banda a várias actuações no país e na diáspora.
Após a saída inesperada, em 1998, de Madame Jepel e Vovô e da família Alexandre, Os Versáteis continuam vivos e sabe-se que vão protagonizar, amanhã uma grande apresentação na televisão pública de Angola.