Durante uma intervenção na TPA, o literata apelou que se tire o máximo proveito dos três C´s da comunicação, sob pena dos artigos não serem lidos. A afirmação “Aconselho os jornalistas mais novos que não escrevam reportagens longas porque hoje em dia já ninguém lê”, do também jornalista, prende‐se ao facto das reportagens escritas terem pouca repercussão actualmente.
E não poderia estar mais correcto, todos sabemos que a hábitos digitais “atrofiaram” habilidades de leitura e até de compreensão, a tese foi confirmada pela neurologista cognitiva americana, Maryanne Wolf.
Na óptica de José Luís Mendonça “quando as peças não passam na rádio ou televisão traduzem-se em temas com poucas repercussões”. Logo, o novo desafio que se apresenta à imprensa escrita, é a coerência e clareza dentro da concisão textual.
De realçar que o profissional da comunicação é uma voz autorizada a falar sobre, não só por ser um homem de letras, tampouco pelos anos ao segmento dedicados. O literata é actualmente o número um do jornalismo da África Austral, tendo sido distinguido com o Prémio SADC de Jornalismo 2021, pelo artigo “A síndrome do isolamento cultural entre as nações da África Austral”.
De acordo com o Jornal de Angola, José Luís Mendonça, obteve 79.5 pontos da avaliação geral, numa escala de 100 e, foi anunciado vencedor, pelo secretariado da organização regional, no passado dia 17 de Agosto, em Lilongwe, Malawi, à margem da 41 Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo.