Da sua versatilidade saíram dois álbuns, um dos quais com participações de Daboless, Mister K, Dr. Romeu e Jay Lourenzo, mas é com mesa misturadora que Djkazuza quer atingir o apogeu. Na música há dez anos, o deejay apresenta-se como um dos principais promotores da música eletrónica no país.
Com várias estórias para contar, já se estabeleceu como dj, cantor e compositor e, durante o seu percurso artístico, produziu dois álbuns nos estilos R&B, Soul e Afro House, com predominância para o Rap. Como dj, teve passagem em palcos com Black Coffee e vários festivais em angola.
À Tudo isso, acrescenta-se as habilidades radiofónicas. É locutor de um programa de rádio, o Hip Hop Está Vivo, exibido todos os domingos na Rádio Cazenga. Em entrevista à Carga, o disc jokey apresenta o potencial e fala sobre o seu mais recente trabalho “Contador de Sonhos vol.2”
É dj, canta Rap, Soul e R&B, além de apresentar um programa de rádio. O meu maior desafio como artista é poder mudar a vida das pessoas com a arte; poder mostrar às pessoas que é possível, principalmente para quem é do gueto. Quero fazer perceber que nós também podemos ser e chegar lá.
Diferente do primeiro, o segundo álbum apresenta uma variedade de estilos. Que tipo de mensagens quer transmitir com isso?
Lancei sim o Djkazuza: Contador de Sonhos vol.2 totalmente diferente do vol.1. Trago uma sonoridade e uma musicalidade muito diferente, tive produções do Artistic Soul, produtor dá África do Sul; o Total Bio, do Congo, Lil Jorge entre outros. Como sempre, eu conto sonhos de pessoas ou histórias de gente que gostaria de contar e não conta eu trago temas que ajudam as pessoas a se encontrarem e mudarem de ideia sobre alguma situação.
Pelo que contou, vê-se que é um artista versátil. Até onde vão os seus limites na música?
Não tenho limite, mas… sim, tento fazer uma leitura do tipo de actividade, porque nem todas as músicas são para todas as actividades.
Como é que começa a sua “aventura” e se tivesse que escolher com que ficaria?
Nasci para isso, ou melhor, a música é quem me escolheu. Tudo porque o meu irmão Leleco ficava a ouvir música em casa e fui ganhando gosto por ela, mas ela já vivia em mim só faltava um impulso para se manifestar. Mas ficaria com o lado de dj, porque, na mesma, vou lidar música.
Que memórias guarda de quando começou a carreira?
O meu primeiro salário: 10 dólares que troquei e dividi para a minha mãe e meu pai, o resto comprei algumas coisas para mim é comprei também discos.
Ser convidado para tocar no Big Brother Angola-Moçambique, que aconteceu na Africa do Sul, onde fui um dos melhores dj que passou na casa e fui convidado a ficar durante uma semana, até o final do Big Brother. Normalmente, os dj só tocam dois dias-sábado e domingo- e voltam para o seu país. Eu toquei quatro e fiquei mais uma semana até o final do concurso e isso nunca esqueço.
Partilhou a mesma música com nomes com Djeff Brown, EC, Jay Lourenzo. Que outras referências gostaria de cantar?
Tem muitos artistas que eu gostaria de trabalhar, mas minhas músicas surgem num processo muito estranho e natural. Tudo depende muito da energia do artista. Eu acredito muito no poder da energia que cada um tem. Mas, falando de um artista, seria o NGA. Nós falamos, mas nunca lhe disse isso. Era um segredo que eu escondia e ele vai ficar a saber.
Que projectos programou para o próximo?
É segredo. Tenho uma para o próximo ano, só sei que as pessoas não vão entender nada. Será algo diferente do Contador de Sonhos. Será uma abordagem diferente das letras até dos beats.
Durante esses anos todos de actividade, que experiências lhe mais marcaram?
A pior tive um acidente de carro quando ia tocar numa festa foi uma situação muito difícil para mim, fiquei quase dois anos afastado de tudo mais graças à Deus conseguimos voltar.