A imponente obra do artista plástico angolano simboliza a “reconciliação com o passado” da escravatura e é uma contribuição para a História de Portugal. A instalação será concluída no primeiro trimestre de 2021.
A criação integra o projecto Plantação – Prosperidade e Pesadelo de Kiluanji Kia Henda, que venceu, em Março deste ano, o concurso público para o efeito organizado pela Câmara de Lisboa.
O artista reconstitui memórias coloniais, símbolos, movimentos migratórios e usa habitualmente a fotografia, o vídeo e a instalação. Para o referido memorial, idealizou uma plantação com 540 canas de açúcar de quatro metros de altura, em alumínio lacado a preto, assentes num piso, e uma zona com bancos de betão em círculo.
Prevista para ser concluído antes, o projecto será apresentado no final do primeiro trimestre de 2021. “Já temos o protótipo de uma cana de açúcar que está a ser realizado. Depois será a fase de produção, e segue-se a de engenharia”, revelou o autor à Lusa.
O trabalho, na opinião do artista, vai permitir a consciencialização das pessoas sobre uma parte da História de Portugal, de forma a não cair numa amnésia colectiva.