A plataforma de streaming pretende dinamizar o mercado cinematográfico do país e monetizar conteúdos audiovisuais como sitcoms, reality-shows, talk-shows, showcases de música, stand up comedy e spoken word.
Além de albergar produtos audiovisuais, também passará a ajudar produtores que dispõem de poucos recursos financeiros a materializarem seus projectos, com a disponibilização de meios técnicos e humanos.
tChill é uma plataforma luso-africana e está focada na produção de cinema e conteúdos audiovisuais, principalmente dos PALOP, mas também disponibilizará filmes, séries ou sitcoms de outras partes do mundo, com conteúdos dublados e legendados.
No ar desde sábado último, o meio de streaming permitirá o produtor não só mostrar o seu potencial, como usufruir condignamente da sua arte. Renata Torres, representante da plataforma, fala nesta entrevista sobre como vai funcionar.
Como é que vai funcionar a tChill?
Basicamente, para os consumidores, será por base a uma subscrição. A pessoa entra no site e se inscreve de forma gratuita. Depois, terá acesso ao que a plataforma dispõe; serão apresentadas duas opções: a subscrição mensal-em que se paga algum valor para ter acesso a todos os conteúdos da plataforma, ou o pay per view, que é para ver um conteúdo específico.
Que tipo de conteúdos estarão disponíveis?
Nós vamos ter de tudo um pouco, mas o foco é ficção. Teremos séries, filmes, documentários, tanto nacionais como estrangeiros. A plataforma prima muito por produções de originais, conteúdos que ainda não foram disponibilizados em outras plataformas.
É uma ideia que nasceu com a Renata…
Renata não! É da Envolve Prime e o tChill. Em Angola a parceira do tChill é a Envolve Prime. Mas está aberta, obviamente, a qualquer produtor que quera ter seus conteúdos. Só precisa submeter seu projecto. Seja ele “cassete na mão” ( aquele que já está filmado ou produzido) ou pode no papel. Se for um projecto de qualidade nós arranjamos formas de materializar o mesmo.
Quer explicar-se melhor?
Por isso é que a plataforma tChill fechou essa parceria com a Prime, que é uma produtora de conteúdos audiovisuais. Se tu tem um filme escrito, mas não tem meio de produção, pode apresentá-lo.
A produção cinematográfica além de ser onerosa, ainda não gera bons rendimentos no país. Como farão para suportar outros custos de produção dos produtores interessados?
A plataforma também vai contar com a colaboração conjunta. Todo todos podem contribuir, com cem ou quinhentos Kwanzas, quando atingir o valor necessário para a produção, o filme entra em produção. Esta é uma opção, mas há também os que já vêm com o filme pronto ou filmado e a agente depois só precisa do pós-produção; ajeitar uma ou outra coisa no som, edição.
Quantas pessoas estão envolvidas neste projecto?
Não consigo dizer agora porque, neste momento, nós só temos a Envolve, mas algumas produtoras já entrara em contacto connosco e, até, profissionais autónomos.
A plataforma já está no, entretanto, só começa a funcionar a partir de sexta-feira, 4 de Junho. Que conteúdos estarão disponíveis neste dia?
Vamos ter uma série. Não posso adiantar muito, mas vai estrear uma série de ficção nacional. Os episódios serão semanais (um episódio por semana), mas há outros conteúdos de fácil consumo como showcases, talk-shows, stand up comedy, portanto, a partir do dia 4, o domínio angolano da plataforma começa a ser alimentado com esses conteúdos e depois e temos um prazo específico para outros conteúdos.