Licenciado Em Conteúdos atrai popularidade desde 2011, por causa da forma subtil com que encadeava, num único verso, vários acontecimentos, e hoje está a se transformar na principal referência do Rap Under do Bairro Huambo, Rocha Padaria, em Luanda.
E não só no Bairro Huambo, mas em todo o mainstream. Influenciado por Kid MC, Valete e Azagaya , o músico é a voz contestatária que, de forma poética, filosófica e artística, vai traduzindo as preocupações dos seus. Mesmo sem apoios, já lançou três mixtapes e, no próximo mês, vai apresentar uma colectânea.
Fab O Priimoh, como também é conhecido, é um artista completo. Tem muitos trabalhos espalhados na diáspora e partilhou vários palcos.
Tem muitos seguidores no Facebook. Está quase a atingir o limite de amizade. Como consegue tirar proveito disso para a sua carreira?
Tenho 5 mil amigos e uma página com quase esse número e aproveito da amizade deles para fazê-los chegar os meus trabalhos por meio de links e publicações constantes. Eles partilham, comentam, apoiam e incentivam.
Dos temas que possui quais os mais ouvidos?
O “Best Rapper” e “Só Ano” são bastantes ouvidos. O “Fonte Da Vida” e “Nostalgia”., também. Contei com participações de Sidjay Taylor Swend e Agos Nocivo.
Em que projectos está a trabalhar neste momento?
Penso em lançar uma coletânea ainda este mês ou Dezembro, e conto com colaborações de Agos Nocivo JBC e Trezentos e Sessenta. Todas as músicas saem por via digital. Penso também algum dia fazer vendas físicas. Alias, já tenho um álbum escrito, mas que, por falta de uma equipa de trabalho, anda pendente.

No total, quantas músicas tem lançadas?
Tenho três mixtapes: “Lavagem Crebral (2015/2016); Focados (2017) e “Licenciado Em Conteúdos” lançada em Agosto deste ano. Das três, duas cantei a solo e uma com o meu grupo Four Linea, onde comecei. Tenho músicas disponíveis no Kisom e em todas as plataformas digitais. Tenho também dois vídeos no YouTube.
2011 até agora são quase 9 anos de estrada. Conseguiu alcançar a meta que preconizou?
Se recuarmos de onde venho para onde estou agora, penso que atingi um nível considerável. Ainda não tenho a projecção que mereço, muito por não ter apoio, mas me sinto, de alguma forma, ouvido, apesar de faltar mais.
Para que mercados direccionou a carreira?
Para o mercado nacional e, de alguma forma, internacional. Mas de uma forma resumida ao mercado da música Rap consciente onde os ouvintes são menores em relação ao mainstream.
Por que decidiu começar a cantar?
Comecei a fazer música antes sendo um bom ouvinte. Em 2011 posicionei-me firmemente como artista de Rap influenciado por artistas como Kid MC, Valete e Azagaya.
Até onde valeu a pena ter decidido seguir a carreira artística?
Valeu e muito. Trago muitas experiências. Já cantei em muitas actividades e pisei vários palcos. Partilhei palcos com nomes importantes como Kool Klaver, X da Questão, Dr. Smith e tantos outros.