A EP “2.3.6” é um retrato de fortes momentos e emoções que o rapper vivenciou na “street” ao lado dos seus contemporâneos dos Xcomba, como popularmente é chamada a Avenida Comandante Valódia, Ex-Combatentes. A simbologia 236, faz alusão ao número do prédio onde viveu enquanto morador do Xcomba, é uma homenagem ao lugar que o viu crescer, e como retrata na música achou oportuno dar este nome, foi lá onde tudo começou.
Luy M retorna assim ao movimento Hip Hop, após sete anos de interregno. Uma ausência que foi regida por tomada de decisões importantes para a vida pessoal e, por conseguinte vieram acompanhadas de “algumas responsabilidades junto de assuntos profissionais e acadêmicos”.
Esta fase lhe serviu de “encubadora” criativa para melhor projectar os próximos passos deste retorno, revela trazer novas sonoridades, “mas super conservador”, com uma abordagem um pouco complexa literalmente metafórica.
Bottles, o primeiro single promocional da EP “2.3.6” cuja playlist é partilhada em primeira mão pela Carga Magazine, foi lançado há seis meses e (re)apresenta o MC de raiz que vai doravante trabalhar de forma independente, aspirando que os novos tempos lhe tragam novas conquistas.

2. Toda noite c/Chief-k Coro: Lendário smock Prod:Black Magic
3. Lambido c/Dread Killa Prod:MG
4. Conexão c/ Lpjam Prod:Mg
5. Botlles Prod:MG
6. Street Hustla Gang c/ Lenny P Prod:MG
7. Voz do Povo c/ Rodex Coro: Jay Madd Prod: Das Ideias
8. Paz & Amor Prod:F.AGGMAN
9. Real Nigga Prod: Dealer Skillz
Afinal quem é Luy M?
Luy M ou Luy Porfírio, para os mais próximos, conta que começou a sua trajectória no Rap como qualquer pioneiro do Hip Hop… esteve no meios de grandes nomes do Hip Hop da nacional após regressar do Brasil, ainda como consumidor de “Rap carioca na Lapa Rio de Janeiro, colectânea Zoeira Hip Hop de 1999”.
Em 2001, de regresso à banda sagrada “Xcomba”, estudante do Colégio Patrícia Rossana, no auge dos seus 15 anos de idade, criou uma dupla com o Nigga Kuky aka Nedji Flow, participou em várias rodas de freestyle nas escola 147, IMIL Makarenco, deixando também “barras” nas rodas do Nzinga Mbamdi e Xkomba. “Momentos duros e de muita aprendizagem, conhece o Pacífico que na época lutava para trabalhar na música aí tudo começou. Tirei alguns projectos e várias músicas soltas que deram início a minha carreira”, uma caminha que dá provas que não se trata propriamente um nome desconhecido.
Por outro lado, num passado mais recente, Luy M concretizou outros trabalhos de destaque, dos quais constam duas Mixtapes nomeadamente: “O Clássico” e outra colaborativa com Rep Boy. Esteve associado a produtora de Dji Tafinha e posteriormente participou na anual e aclamada mixtape NDDNHH, No dia D na hora H, do produtor DH.