Volvidos cincos anos após o lançamento do álbum “Filho da luz”, Totó ST brindou o público com mais um trabalho discográfico intitulado “Nga sakidila”. No mesmo, o artista assume estar a agradecer “a consciência cósmica pela existência na terra, estou a agradecer, igualmente, aos meus compatriotas, e não só, pelo carinho e pela demonstração de respeito que recebo todos os dias”.
Durante o tempo que ficou longe das bancas, Totó tem realizado vários concertos para expansão da carreira em outras paradas, “tenho tido muitos concertos fora de Angola sem nunca abdicar do meu país”. Quanto ao longo interregno entre os álbuns o artista explica que deveu-se ao facto de ter de custear, inicialmente, a produção deste novo álbum com fundos próprios, “gota a gota, até ter a sorte de uma empresa Francesa de nome 17A7 decidir apostar na minha carreira. Hoje, o primeiro filho desta parceria está pronto”.

Tido como incontornável e intemporal, é um dos compositores e guitarristas mais respeitados da vanguarda e que valoriza a renovação estética da música popular angolana. A exemplo da última aparição no Skybar onde protagonizou o Notas Soltas e também actuou a artista Selda, Totó ST tem se apresentado com frequência ao lado do guitarrista Mário Gomes e do percussionista Dalú Roger, revelando uma cumplicidade pouco vista nos palcos, garantindo que os colegas são elementos “que dão o resultado que preciso” e acrescentou que tem “muitas apresentações marcadas para tocar com eles”, a começar pela actuação de dia 7 de Março, no repouso do Sequele.

Questionado sobre o segredo da longevidade da carreira, ST revela que o seu sucesso sempre dependeu do próprio esforço de se superar, da incessante busca pela excelência, do Espírito de resiliência que me mantém firme. E que, após 24 anos de carreira ” inovar”, continuará a ser a palavra de ordem, “buscar sempre uma versão melhorada de mim mesmo é o elixir, para tal longevidade. O meu trabalho terá de falar por si, pois é dele que depende o meu legado”, fez saber.