Os Lives da TPA, denominados “Live no Kubico”, caíram na graça dos espectadores, de acordo com as redes sociais que, ainda que de forma oficiosa, tornaram-se no “termómetro” de audiência.
O resgate da nossa cultura, particularmente na música, com a inclusão de artistas que quase não têm tido palco, e promovem os géneros nacionais, tem sido muito elogiado, até pelo Presidente da República, João Lourenço.
Depois do sucesso com Tunjila Tuajokota, Socorro e Baló Januário, domingo (19), a TPA anunciou um show com Yola Semedo, Ary, Edmazia e Patrícia Faria. A informação não foi bem recebida pelos mesmos espectadores que encheram as redes sociais de elogios, nos Lives anteriores.
“Até agora está mbora bem. Atraves de que vais bisar a Yola, Patrícia, Edmasia e Ary? Não é que não goste, mas acabaram as cantadoras?” Questionou de forma humorística, acrescentando “Num estraga só o que está bom”, escreveu Paulo Miranda.
Ismael Mateus também criticou a opção da TPA na escolha do cartaz.
“Caros colegas da TPA não façam isso às nossas jovens divas. Não há dúvidas que são competentes e grandes artistas. No entanto, leva-las contra corrente pode não ser bom para nós nem para elas. Eles têm tido muito palco”, referiu.
“Elas, com a sua música comercial, também pertencem às vozes e géneros que nos subjugaram. Queremos música de raiz, tradição, música com almas das nossas comunidades culturais. Privilegiem a cultura e não as vendas”
Por sua vez, Joaquim Luanda realça o facto de três das quatro já terem passado na rubrica e defende a presença de outros artistas.
“Até então estávamos bem servidos aos domingos no “live” da TPA. Até fizemos as pazes e perdoamos aquela “técnica espantosa” da TPA onde o volume do som baixa e aumenta sozinho, para não mencionar a qualidade de imagem que as vezes deixa muito a desejar…tudo perdoado, até que PAHAAAMMM. Porquê repetir? Será que já não há mais músicos que possam desfilar no live”?, questionou.
“Para cantar isso até já temos Margareth de Rosário, Carina Santos, Lina Alexandre. Não há necessidade de repetir, se o objectivo é ajudar os artistas. Nada justifica a repetição de artistas, quando há centenas que ainda não passaram”, frisou Henriques Miguel “Riquinho”
Humberto Fortunato reconheceu que será algo diferente, uma vez que vão interpretar sucessos de Belita Palma, Lurdes Van-Dúnem, entre outras, mas preferia que fossem outras a fazê-lo, pelo facto destas já terem passado pela rubrica. “Perdi o interesse para o próximo Live”
“É isso que estragou o país cultural. Uma certa elite complexada já está cansada de ver o povo ou seja ver Angola na televisão, para eles aquilo é bairrismo, só não colocam jazz e ópera por vergonha”, disse Miguel Tumba.