Pop Show foi o vocalista dos Afra Sound Stars, um dos mais notáveis grupos musicais angolanos dos anos 80. O cantore guitarrista dedicou parte da sua vida a defender o Kilapanga. Morreu esta manhã, em Luanda, por doença.
Exímio guitarrista e uma das mais importantes figuras angolanas ligadas ao Rock, Pop Show esteve doente, apurou a Carga de fonte próxima ligado ao músico.
Nos seus anos de vida, o artista ajudou a desenvolver, ao lado dos Afra Sound Stars, pesquisas etno-musicais em várias regiões do país e em algumas partes do Continente por onde passou, muitas vezes apenas para shows.
Consubstanciada no ritmo do Kilapanga, a banda de Pop Show Gato era formada por Gato (percussão), Ket Hagaha (teclados), N’ Sheriff (baixo) Popshow (guitarra) e Tubarão (bateria). Nasceu das influências de vozes como Lamartine, Artur Nunes, David Zé, Bonga e Os Kissanguela.
Na sua discografia contam-se o Afra sound Stars (1986), Saparam (1991), Absaite (1993), Soko Soke (1995), Kilapanga (2015) discos que apresentam vertentes recreativa, cultural e interventiva.
Percurso dos Afra Sound Stars
Após a sua constituição, no início dos anos 80, vários momentos marcaram a vida do grupo. Serviram em missões de Internacionalismo Proletário na República de São Tomé, onde, para além da recreação do pessoal militar, participam em inúmeras actividades de beneficência. É também neste período que começam a compor os principais temas de Kilapanga.
Em 1988, findo o serviço militar, a banda vai para o Brasil onde amadurece substancialmente ao ter a oportunidade de trabalhar com nomes e bandas como OLUDUM, ABEL DUERÊ, entre outros, para além de ter participado em espetáculos em Rainha dos Deuses na Concha Acústica (Baía), Teatro Carioca (RJ), Teatro Sérgio Poto (BotaFogo).
Em 1991, devido à procura e reconhecimento da música Africana, a banda muda-se para Portugal por um período de 4 anos, onde participa em vários trabalhos discográficos e espetáculos de músicos africanos.
Findo este período, Bruxelas e a sua africanidade torna-se irresistível e lá se estabelecem, gravando 2 discos e retornando a Lisboa para participar na Expo 98. Participam também no festival Internacional (Umba) Colômbia-Alemanha, no Festival Internacional Africolor em Paris e no festival contra o Racismo em Itália, no ano de 2000, findo o qual, cada um dos membros segue a sua carreira a solo, até aparecem em 2015 com um novo álbum.