Inó Gonçalves foi o homem do tambor solo e pertenceu aos Kituxi, um dos agrupamentos musicais mais internacionais do país. Foi percussionista e tocava tambor solo. O músico morreu de ataque cardíaco.
A informação sobre a sua morte inicialmente avançada pelo jornalista Analtino Santos, foi confirmada esta manhã à Carga por pessoas próximas. O músico terá morrido na madrugada de hoje por ataque cardíaco.
Inó Gonçalves foi dos membros fundadores dos Kituxi. Ao lado de Zé Fininho (dikanza), Raúl Tolingas (tambor baixo), Nando Francisco (mukindu) e Jorge Mulumba (voz principal, hungu e puíta), ajudou a tornar este grupo tradicional fundado em 1980 dos mais internacionais do país.
Com o conjunto, gravou quatro obras e participou das digressões na Hungria, Zimbabwe, Suécia, Alemanha, Rússia, antigo Jugoslávia, Noruega, Brasil, Bulgária, Portugal, entre outros países.
O tambor solo de Inó ajudou a popularizar cancões como “Mu Ilumba”, “Dingongenu dia Mona”, “Ngitabulé”, “Nza Mundelé”, “Santa Maria”, “Amba”, “Nzala”.
O artista integrou a primeira formação dos Kituxi, com Chico Açucareiro (mukindo), Antoninho Partoscornos ( ngoma base) Adãozinho, que substituiu Manuel Baptista Manuelito (dikanza e na voz principal, hungu, kissanje e puíta)
Também conhecido por “Kituxi e seus acompanhantes”, homonimamente ao membro fundador Miguel Kituxi, o grupo foi homenageado ano passado na celebração dos seus 40 anos de existência, com um grande concerto na III Trienal, no Palácio de Ferro.