O caso do médico Silvio Dala está a causar uma corrente de protestos, até aqueles músicos que pareciam mais reservados estão a ser obrigados a soltar a voz. “Se quiserem, matem-me também”.
Várias vozes que se têm levantado contra o fatídico incidente, numa das esquadras policiais, em Luanda, no dia 1 de Setembro, envolvendo um médico de 35 anos. Os músicos vão criando uma corrente de contestações nas redes sociais.
As vozes contestatárias vão desdde Gerilson Insrael, passando por Mallaryah, Omix, Smash, Preto Show, Sandocan, Mc Cabinda, até Anselmo Ralph. A indignação da classe artística começou após a publicação, no Facebook, de uma imagem mostrando o médico ensanguentado estatelado no chão já sem vida.
Apesar de a autópsia confirmar que a morte do jovem, que atendia pelo nome de Silvio Dala, não ter sido provocada por acto de espancamento, os músicos vão postando a foto do malogrado nas redes sociais em sinal de protesto contra acções de violência atribuídas a PN.
“Senhores agentes, se quiserem matem-me também. Ninguém me obriga a usar máscara dentro do meu veículo”, escreveu Gerilson Insrael.
Ao autor de “Minha Bêbada” juntam-se Yuri da Cunha, Mc Cabinga, Yola Semedo, O’mix, Smash, Preto Show, Mallaryah, Anselmo Ralph, Kid MC, Sandocan e tantos outros. Para os cantores a atitude policial não se justifica, uma vez que quando foi abordado, a vítima estava dentro da sua viatura.
“Quando acontece na América ou na Europa atribuímos ao racismo. A nossa volorização como africanos começa entre nós”, disse Anselmo Ralph. “Até agora sem perceber”, indignou-se Sandocan.