A estimativa era de se arrecadar pelo menos 200 milhões de Kwanzas. Isto não foi possível porque as tevelevisões, rádios e o cinema não pagaram, apesar de serem os que mais fazem executação pública de obras e de músicas.
No seu primeiro ano de actividade (2020), a Sociedade Angolana de Direitos de Autor (SADIA) conseguiu arrecadar cerca de dez milhões de Kwanzas, informou hoje à Carga Lucioval Goma.
Os valores provieram da cobrança do sector da restauração, supermercados, shoppings e plataformas de streams. O balanço final será apresentado em Junho deste ano. Pelo que se previa arrecadar os 10 milhões já conseguidos estão aquém das expectativas.
A gestora dos direitos autorais justifica que tal facto deve-se à percentagem fixada na tabela de cobrança, por isso, nos próximos dias vão remeter uma nova tabela junto do gabinete do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente actualizada em 80%.
Por outro lado, a resistência das rádios, televisões e cinema tem contribuído, em grande medida, para que os valores estejam muito abaixo do desejado.
“Este valor é baixo por causa da tabela de cobrança. Depois de discutida, a tabela foi actualizada a 80% e vamos remeter na próxima semana ao gabinete do minostro. Por outra, as rádios, televisões e cinema, que são as maiores fontes não pagaram. Continuamos a agir. Caso resistam ao pagamento, vamos fazer uma queixa junto das instituições de direito” disse o técnico da SADIA.
Entretanto, a SADIA pretende começar a efectuar a distribuição dos rendimentos autorais partir do próximo mês de Março deste ano.