Não se pode falar de back vocals em Angola sem mencionar o nome de Nazarina Semedo. A cantora também leva a carreira a solo e já lançou dois CDS, só que mais tarde foi forçada a ausentar-se do mercado. Agora, regressa com a produtora MTC, traz um novo estilo de música e apresenta projectos focados ao mercado internacional.
Esteve ausente durante algum tempo. Como encontrou o mercado?
Estamos no bom momento, no que toca a evolução, crescimento musical. A nível da qualidade, sonoridade, marketing e vários aspectos acabamos por nos destacar, não deixando a dever a outros continentes. Mas é preocupante o morrer da nossa essência musical, no que tange à nossa raiz musical. Estamos a perder
Começou como corista nos espectáculos de referência do país. Como é feita transição para a carreira a solo?
Comecei a cantar em 1995 /1996, mas profissionalmente em 1997. A transição partiu pelo princípio do aprendizado, sempre quis ganhar traquejo para encarar uma carreira a solo com bases.
Depois dos álbuns “Alguém Como Tu” e “Sem Igual”. O quê marcará o seu regresso?
Tenho inúmeros projectos hoje, porque trabalho com uma equipa e temos estratégias traçadas e metas a alcançar. Ter alguém que se dedica àquilo que o artista quer e ao que o mercado pede, são aspectos totalmente diferentes. A MTC tem projectos muito ambiciosos para minha carreira ,e lógico,a maturidade faz-me ver as coisas com maior coesão e desafios.
É possível observar as mudanças na carreira…
Tive de mudar a minha forma de ver a arte, não somente com amor, mas como um negócio. Hoje a preocupação maior de fazer aquilo que o mercado pede e não aquilo que quero.Estava mais ligada a Kizomba, Semba, Balada, hoje a maturidade me permite ousar e me desafiar aos ritmos mais actuais com suas influências.
Como se define actualmente?
Hoje defino-me como uma artista ousada, que sabe o que quer e aberta a evolução. Aprender até morrer. Madura.

Cantava Kizomba, Semba e Balada. Que estilo vai se dedicar agora ?
Falo particularmente de fusões Gueto Zouk, o resto só esperarem para ouvir.
Que planos definiu?
Estamos a trabalhar no produto Nazarina, a dar conhecer ao meu público aquilo que agora me proponho. Recentemente lancei um novo vídeo da música “Chupa no Dedo” e foi produzido em Portugal pela a minha produtora MTC produções.
Qual será a próxima surpresa?
Neste momento depois de ter lançado o CD, a prioridade é fazer o que realmente eu amo que é cantar, com desafios de novas sonoridades e estilo, onde me tenho sentido um peixe no aquário.
Disse que está a preparar um projecto musical. De que se refere e quais serão as participações?
Tenho algumas participações, surpresas. Prefiro não adiantar, só posso garantir que fiz um dueto com um dos maiores artistas da nova geração que amo de paixão.
Como está a ser o seu regresso?
Tem sido uma fase boa, porque não obstante os anos de carreira ,tenho me sentido revigorada. Me sento eu mesma. Estive ausente do mercado e há necessidade de mantermos aquilo que sempre fiz.
Que impacto teve o Covid-19 na sua carreira?
A produtora tem agendados shows em Portugal, que foram adiados pela a situação actual.
É como se estivesse a reactivar a marca “Nazarina Semedo”. Quer contar-nos sobre os motivos desta ausência?
Com toda a certeza. Ou seja actualizar a marca dentro daquilo que sou ao mercado. Tive alguns interregno de dois anos por conta da minha vida pessoal.