Nos últimos tempos, Ndaka Yo Wiñi vem assumindo o papel de “diplomata da música angolana”, ganhando destaques em festivais internacionais de Jazz, como o do Montreal, em Canadá.
Sua voz e talento carecem de aprovações no mercado angolano, e também no africano, se recordamos que, em 2019, foi dos principais destaques da 20ª edição do Cape Town Jazz Festival. Agora, Ndaka lançou-se numa nova aventura, para a conquista do mercado musical da América do Norte.
Com isso, o músico marca passos firmes, criando alicerces para a sua carreira. Na semana finda, Ndaka Yo Wiñi assinou com a Pageot Productions, de Steve Pageot, um músico, produtor, compositor e engenheiro norte-americano, criado em Montreal ( Canadá), que em 2004 ganhou um Grammy com a obra “Wonderful”, de Aretha Franklin e citado para trabalhar no último álbum de Michael Jackson.
Satisfeito com a conquista, o autor de “Olokwembo” recorreu às suas redes sociais, no sábado, e partilhou o anúncio da produtora pela sua contratação, onde se pode ler:
“Alerta de nova mala: estrela internacional de Angola, través do artista, cantor e compositor de Montreal Ndaka Yo Wiñi acaba de assinar com a Pageot Productions!”

Com termos do contrato ainda por se revelar, a ssinatura é apenas parte de vários firmamentos que o cantor e compositor tem em carteira, conforme fez saber recentemente numa entrevista à Carga.
Com vasta experiência no sector, Steve Pageot conquistou o respeito de músicos como LL Cool J, Diddy, BIG e acumula uma placa platina, foi Grammy em 2004 por seu trabalho, em 2003, com a Rainha do Soul, Aretha Franklin, e também foi cooptado para trabalhar no último álbum de estúdio de Michael Jackson, além de produzir temas para séries, filmes e programas televisivos da MTV.

Ascenção de Ndaka Yo Wiñi
O músico iniciou a carreira em 2011 e já participou em várias actividades, com realce para actuações na “Expo Milão”, em Itália, em Cape Town, África do Sul, “Encontro com a África”, no Brasil, entre outros pontos do mundo como Portugal, EUA e Canadá.
Em 2016 conquistou o prémio de Melhor Afrojazz do Top Rádio Luanda. Mas foi em 2019, que ganhou mais notoriedade a nível internacional, pela actuação na 20ª edição do Cape Town International Jazz Festival.
Seu álbum de estreia “Olokwembo”, publicado em 2018, é uma tradução do ritmo ancestral do berço, apelidado pelo próprio por ‘ lundongo no lwandu’ e é descrito como um álbum “imerso” na fusão de ritmos étnicos e ancestrais e pesquisa sobre etnomusicologia. A obra comporta onze temas originais, sob influências do Jazz, Soul, e Blues.
Nascido a 5 de Janeiro de 1981, no Lobito, Adriano Dokas, seu nome de registo, também já foi nomeado para o Top dos Mais Queridos, na categoria Prémio da Crítica.