Né Gonçalves: uma figura histórica da música angolana que decidiu se reinventar

Todas as vezes que apareceu, Né Gonçalves impactou o mercado musical angolano, se se recordar do “Menino de Rua” conseguirá ter uma ideia sobre de quem se trata.

O artista começa 2021 em grande e lança hoje, pelas plataformas digitais, o tema Dança Menina Morena N’areia do Mar”, com participações de Carlos Vieira Dias, Joãozinho Morgado e Maria Alice.

A música foi gravada em 1993 e já integrou um álbum físico, mas só que agora sairá em formato digital. É o primeiro de vários outros trabalhos a serem apresentados por esta via.

Promotor da música tradicional angolana, o tema reflecte a riqueza poética presente na sua musicalidade, que ja leva mais de 40 anos.

Sua carreira começou na banda infantil Os Mini Craques, tocando violão. A trajectória, mais ficou marcada com a sua participação na colectânea Música Africana, editada na Austrália.

Advogado de formação, Né tornou-se ainda mais conhecido com Luanda Meu Semba. O álbum de estreia garantiu-lhe o Prémio Revelação, da União Nacional dos Artistas e Compositores. Mas, muito antes disso, em 1974, participou na gravação da música A Independência Está Chegando, da autoria de Mirol, um hino mobilizador para a declaração da independência em 75.

Em 2012, surgiu com o álbum Luanda Meu Semba – Instrumental. Em 2016, lançou Sembamar, um disco com participação de 67 músicos de 14 diferentes nacionalidades e em diversidades de estilos.