O músico está neste momento em estúdio a preparar o próximo álbum, obra da qual extraiu duas das três faixas lançadas em Novembro. Em entrevista à Carga, NGA falou dos seus projectos filantrópicos para Angola, sonhos, e dos artistas angolanos com os quais gostaria de ter participações.
NGA é um músico que não põe ponte, conforme faz questão de frisar, e procura transmitir seus sentimentos de forma diferente em cada música, algo que tem conseguido com sucesso, graça às pesquisas e leituras que vai fazendo.
“Eu deixo o fluxo da minha vida correr. Eu não ponho barragens. A minha música é o reflexo da minha pessoa”, sublinha.
Nos últimos tempos, o artista tem trabalhado muito para o seu e o amadurecimento da Força Suprema, formação que não considera grupo, mas “universidade que forma niggas”, por causa das suas valências. A “família” integra vários profissionais, entre eles masterizadores, engenheiros gráficos, de som, etc.
“Nós não somos um grupo. Nós somos a universidade que forma niggas”, realça. E é desta “universidade”, que voltará a sair mais um álbum.
As novidades…
NGA tem à vista o lançamento do próximo álbum, obra da qual extraiu as faixas “Pra Nós” ft Gutto e “Só Se Vive Uma Vez” ft Dino D’ Santiago. Sem precisar a data para a publicação, King assegura, no entanto, que tem sob posse o master do ProEvolution 3.
“A faixa com Dino e Gutto faziam parte do álbum só tirei mesmo para partilhar com a minha família”, revelou.
Longe de quem pensa que o rapper evita estar em participações, o músico enumera os colegas angolanos com os quais desejaria fazer duo. Totó ST, Anna Joyce, Fredh Perry (dos Mobbers) são alguns deles e… tem mais. Clica no vídeo em baixo para saber.
Nostálgico, confessa que sonha em protagonizar um espectáculo na linha de Sintra. E esclarece que os elementos da Força Suprema trabalham deb forma individual, por acreditar que será desta maneira que podem continuar a fazer uma grande equipa.
Quanto ao projecto Massacre d’ Novembro, lançado com Monsta, aconteceu porque “sentiu que seus pensamentos e os dos Monsta precisavam de estar juntos”, aliás, frisa, ele o e Monsta têm quase a mesma história de vida.
Projectos bloqueados pela pandemia…
A concorrer para o MTV Africa Music Awards, o artista de 38 anos é dos que mais afectado ficou com a pandemia. Viu os shows no Rio de Janeiro, tournées no arquipélago de Cabo-Verde e em Angola e espectáculos na África do Sul cancelados.
Determinado, diz não ter nada a lamentar. Mas mostra-se insatisfeito por não ter conseguido colocar, este ano, em acção um projecto que beneficiaria directamente quem mais precisa.
“Tínhamos muitos projectos que não têm nada a ver com a música. Podíamos usar essa fama que Angola nos deu para o benefício directo das pessoas que mais precisam”.
Sobre a participação no MTV Africa Music Awards, o músico diz que, desta vez, concorre com um outro sentimento. E fala do que alguns músicos significam para si. NGA abre as copas neste vídeo live com NGA.