Parafraseando Flagelo Urbano, falar de Waldemar Bastos, é falar de um homem marginalizado por pensar livremente, que permaneceu fiel aos seus princípios e valores. Um homem que nunca se vergou, repudiou os corredores da bajulação e da adulação, ante à renúncia da sua lucidez. Ousou ser ele mesmo, viveu e morreu vertical.
Os seus anos de carreira confundiam-se com a própria idade, considerado o segundo maior compositor do mundo, Waldemar Bastos -in memoriam-, fez da arte “reflexo da própria experiência”.
Nos últimos dois anos reafirmou os votos com os angolanos, e em dez célebres frases, reviu momentos que marcaram o antes e depois da distinção no “Prémio Nacional de Cultura e Artes”, e sobre a abertura de um novo ciclo que infelizmente foi interrompido pela sua morte, no passado dia 10 de Agosto de 2020, aos 66 anos de idade.
A assinalar o primeiro ano post mortem, Waldemar Bastos será homenageado na festa do Avante!, no concerto `Ndapandula´, a decorrer no próximo dia 3 de Setembro, com a direcção artística e musical de Aline Frazão e participações de Sara Tavares, Karyna Gomes e Toty Sa’Med.
Desde o seu falecimento, vários tributos foram rendidos ao artista de dimensão internacional, pelo extraordinário legado na música angolana, composto pela belíssima discografia, veja algumas abaixo:
- O artista plástico Thó Simões eternizou-o com uma pintura no mural de referências da música angolana.
- Foi a figura de homenageada na 10ª Edição do Festival de Jazz.
- Projecto Mungueno: Rappers Pensólogo, Kamesu, Ikonoklasta, Haudas, Flagelo Urnano, Mono Stereo, Grand F e Ranchoddas homenagearam-no com uma EP completa.
- Seu último concerto em Angola, no Show do Mês, foi transmitido em reposição.
- Foi homenageado em conjunto com outros artistas no Show do Mês.
- Semba Original: Paulo Flores homenageou-o juntamente com Carlos Burity.
- Foi homenageado na Galeria do Semba.
- Juntamente Carlos Burity e Bangão, consta de uma proposta toponímia de uma rua no Benfica.