A frase “Hip-Hop está morto”, usada inúmeras vezes para definir o mau período que o movimento ultrapassava na altura, mostrava o descontentamento de muitos fã, seguidores e/ou admiradores desta cultura, uns desanimados pelas mutações que o Rap sofreu, outros pelas abordagens pouco interventivas que se deparava em temas de grande sucesso local e até internacional.
O Rap, elemento da cultura Hip Hop mais praticado em Angola, apesar de ser o género musical que menos beneficia de apoios institucionais, não teve grande presença na série dos lives das TVs, menos aberturas tem nos meios de divulgação em detrimento dos outros como Kizomba, Semba e até o Kuduro, não está morto como muitos preferem caracterizar.
Desde Janeiro de 2021 até a esta data (11 de Fevereiro), os rappers têm disponibilizado muito mais obras que os artistas de outros géneros. Entre músicas e vídeo clips, para citar alguns nomes, o mercado já dispõe dos trabalhos de Prodígio, Poetas de Bairro (Lizzy, Duc, Sim Boy, Sidjay, Soly, Edsolidier e Luso), B-UNIK, Reptile, Phedilson com o seu EP, Wet Bed Gang, Declive, Mendez, Ready Neutro como já é costume deu as boas vindas ao novo ano com mais uma obra, os SÉKETXE e Pitt Kelson revelaram-se, Hebo Imoxi, Damage Mc, Killa Hill, Mankilla, Keith B, Carla Prata, Plutónio e MCK…
Acredito que há mais nomes por mencionar, mas tenho certeza que poucos estão a trabalhar como os rappers, para aqueles que ainda insistem em dizer que rap está morto, então há razões para dizer que os mortos estão a trabalhar mais que os vivos, 2021 os rappers estão a bumbar e espero que continuem.
Apesar das dificuldades, acreditamos que 2021 será um bom ano para este movimento, VIVA O RAP!