A rainha da insubmissão da música brasileira, Elza Soares, morreu ontem, aos 91 anos, por causas naturais, segundo a sua assessoria. Feita a sua vontade, cantou até o fim e seu corpo será sepultado no Jardim da Saudade Sulacap, na tarde de hoje, depois do velório no Theatro Municipal do Rio.
“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, diz o comunicado veiculado pela assessora.
“Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo o mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, conclui o comunicado.
Coincidentemente, Elza partiu para a eternidade, no mesmo dia em que há 17 anos, partiu Garrincha, com quem teve um relacionamento duradouro. Tida como Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação.
Filha de uma lavadeira e de um operário, Elza Gomes da Conceição foi criada na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro, no Rio. Elza cantava, desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro.
Por volta dos 20 anos, Elza fez seu primeiro teste como cantora e foi contratada para a Orquestra de Bailes Garan e continuou a cantar no Teatro João Caetano, no Rio. A partir daí, conquistou um espaço importante na música brasileira, gravou com grandes artistas e lançou 34 discos com mistura de samba, jazz, eletrônica, hip hop e funk.