A data será hoje marcada pela outorga de diplomas de mérito e honra a promotores e personalidades da cultura e artes. O acto acontece às 16 horas no Arquivo Nacional, em Luanda, quatro dias depois da abertura das actividades recreativas e culturais em todo o país.
Instituído em 1986, em homenagem ao discurso do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, por ocasião da tomada de posse dos membros da União dos Escritores Angolanos (UEA), em 1979, a data é um simbolo comemorativo nacional.
As celebrações abriram no dia 4 e terminam a 31 deste mês. A jornada contempla exposições, concertos, debates e hoje será marcada por um acto central, com outorga de diplomas de mérito a personalidades que mais se destacaram no sector cultural no ano passado.
“Somos Angola, Somos Cultura” é o lema escolhido para lembrar o discurso de Neto, numa altura em que se procura por soluções para o fomento ao “empreendedorismo e criação de empresas privadas no sector cultural”.
Longe da música, as manifestações culturais angolanas vão desde rituais como Chikumbi, Mukanda ou danças como a fundura, cabetula, semba, varina, cidralia, kazukuta, dizanda a literatura e artes plásticas.
“ (…) a cultura não pode se inscrever no chauvinismo, nem pretende evitar o dinamismo da vida. A cultura evolui com as condições materiais e, em cada etapa, corresponde a uma forma de expressão e de concretização de actos materiais(…)“, lembramos o celebre discurso de Agostinho Neto.
Desde que é celebrada, há 35 anos, a maior conquista do 8 de Janeiro foi a elevação da Cidade de Mbanza Congo a Património Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 2017.
Entretanto, se por um lado, o país conseguiu preservar ao ponto de inscrever a Antiga Cidade do Reino do Congo no organismo das Nações Unidas, por outro, não conseguiu evitar que manifestações culturais como a Rebita, por exemplo, desaparecessem.